Na última semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que mais de 80% dos professores do país receberam pelo menos uma dose de vacina contra a Covid-19. Em Alagoas, de acordo com dados do Sistema Localiza SUS, foram vacinados 64.035 trabalhadores da educação até a última quarta-feira (14). Deste número, são 62.551 que receberam a primeira dose, 1.288 que receberam a segunda, e 196 a dose única da Janssen, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau/AL). A vacinação dos profissionais da educação é um ponto crucial atualmente, tendo em vista que as escolas da rede estadual de ensino têm retorno para o dia 16 de agosto. A Secretaria Estadual de Educação (Seduc/AL) disse ainda que os números estão seguindo de acordo com o planejado para a volta, incluindo os 9745 professores, além dos demais trabalhadores da área. “ O objetivo é garantir a segurança sanitária necessária para o pleno funcionamento das atividades presenciais”, disse o órgão público. Ainda segundo a Seduc também, está previsto o direcionamento de um orçamento destinado à adequação dos protocolos e normas preventivas estabelecidas pelos órgãos sanitários.
A época do retorno das aulas, em agosto, bate com a vacinação completa dos profissionais de educação, contabilizando os 90 dias de intervalo entre os que tomaram a vacina de Oxford/Astrazeneca. “A vacinação é obrigatória a todos os trabalhadores de educação para o retorno das aulas, visando não por em risco a vida das crianças e dos colegas de trabalho. Só poderão voltar os que estiverem imunizados com as duas doses, ou com a dose única da Janssen”, informa Consuelo Correia, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal).
Consuelo diz também que muitos fatores ainda precisam ser analisados para que isso aconteça de forma segura, como a localização dos espaços escolares, se as estruturas são ventiladas e adequadas para o ensino, a capacidade de alunos por escola e as possibilidades de adesão à modalidade pedagógica prevista, nesse caso, o sistema híbrido com 50% das aulas presenciais. A presidente do Sinteal reforça que esses elementos serão discutidos com a comunidade escolar e a população como um todo. Apesar da obrigatoriedade da vacinação dos servidores que retornarão no próximo mês, o Sinteal não sabe informar quais são as sanções para o descumprimento dessa regra. “Não cabe ao Sindicato punir os servidores por não se vacinarem. O Ministério Público Estadual lançou uma recomendação para que não permitam o acesso de trabalhadores que não tomarem as vacinas. Apesar de não ser algo nosso, acredito que as medidas iniciais serão orientações para que esses trabalhadores se vacinem, aumentando gradativamente as punições para caso eles se recusem tomar”, conclui Consuelo, reforçando que o Sindicato concorda que os servidores não acessem o espaço escolar caso não estejam totalmente imunizados.