Depois de ter a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) fechada para recebimento de novos pacientes, em março deste ano, após a constatação de que 15 recém-nascidos tinham testado positivo para a Covid-19, a Maternidade Escola Santa Mônica, em Maceió, entrará em 2022 com internações zeradas pela doença.

Assim também acontece em outras maternidades de Alagoas, onde a pandemia está sob controle e não há casos recentes de contágio pelo novo coronavírus. O cenário é o mesmo no Hospital da Mulher, onde nenhuma mãe ou bebê foram diagnosticados atualmente com Covid-19 no local.

A Maternidade do Hospital Arthur Ramos também chega ao novo ano apresentando internação zero por Covid-19, de acordo com informações repassadas pela assessoria. Mas a realidade desses locais, sejam eles para atendimento a casos de alto risco ou não, nem sempre foi assim, tranquila.

Dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde mostram que Alagoas registrou, até 30 de dezembro de 2021, 27 casos de óbitos de crianças menores de 10 anos desde o início da pandemia do novo coronavírus. Desse total, ao menos 7 eram de bebês menores de 1 ano de idade.

O primeiro óbito de bebê pela doença aconteceu em 21 de maio de 2020, e teve como vítima uma recém-nascida de apenas 2 meses que residia em Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas. O segundo caso ocorreu poucos dias depois, em 30 de maio, vitimando um bebê do sexo feminino, de 7 meses, em Arapiraca.

A pessoa mais nova que morreu vítima da doença no Estado tinha somente dois dias de vida. Foi um bebê do sexo masculino, que residia em Junqueiro, no interior de Alagoas, e que morreu em junho de 2020. Houve também o caso de um bebê de 7 dias que residia em Maceió e também não resistiu ao vírus.

Dos óbitos de bebês registrados desde o início da pandemia, a maioria aconteceu em 2021, conforme levantamento da reportagem. Foram quatro casos contabilizados neste último ano, sendo o último registro ocorrido no dia 22 de setembro, vitimando um bebê de 8 meses do sexo masculino e residente em Maceió.

VACINAÇÃO

A expectativa para muitos pais de crianças é que a vacinação contra a Covid-19 avance ainda mais em 2022. Em janeiro, muitos já esperam vacinar os filhos com idade entre 5 e 11 anos, o que já foi aprovado pela Anvisa. Atualmente, adolescentes a partir de 12 anos já podem ser imunizados contra o vírus.

O principal fator que aponta a importância da vacinação do grupo de crianças é justamente o número de mortes registradas, apesar de os pequenos não fazerem parte do grupo de risco da doença. Para se ter uma ideia, no Brasil, 2.400 crianças e adolescentes já entraram em óbito vítimas da Covid-19, sendo que a maioria delas (cerca de 60%) não tinha uma doença ou fator que aumentasse o risco de versões graves da infecção.