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Nº 5897
Cidades De acordo com a ABIH de Alagoas, muitos turistas estão remarcando as reservas em hotéis, mas não avisam por qual motivo

AVANÇO DA ÔMICRON PROVOCA CANCELAMENTO DE VIAGENS PARA ALAGOAS

Segundo a ABIH-AL, muitos hotéis do Estado estão tendo que lidar com o afastamento de trabalhadores em decorrência da Covid-19

Por Thiago Gomes | Edição do dia 27/01/2022 - Matéria atualizada em 27/01/2022 às 04h00

O avanço acelerado da variante ômicron do coronavírus já está refletindo no turístico em Alagoas. O setor registrou cancelamentos de pacotes de viagens para janeiro e muitos hotéis estão tendo que lidar com o afastamento de trabalhadores adoentados. Apesar deste impacto, o segmento ainda se mantém otimista, levando em consideração que o impacto da Covid-19 ainda é mínimo na atividade turística. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Alagoas (ABIH-AL), André Santos, o número de desistências das hospedagens tem se mantido equilibrado com as reservas feitas para o período. Sem falar que a taxa de ocupação prevista para o carnaval, no fim de fevereiro, permanece acima de 80%. “Para o mês que vem, o reflexo é quase nenhum desta nova onda de Covid-19 nos pacotes fechados. Os associados estão animados e preveem um bom período para o turismo, apesar deste grande número de pessoas infectadas”, destacou o presidente. Ele revela que muitos turistas estão optando por remarcar as reservas e boa parte não avisa qual o motivo da decisão. “Por isso, não consigo dizer, com propriedade, se a atitude tomada por alguns tenha relação direta com a alta de casos de coronavírus”, avalia.

Algo que preocupa, segundo a ABIH, é a quantidade de funcionários dos empreendimentos que precisam se afastar do trabalho por terem sido infectados. Segundo ele, os afastamentos nestes hotéis variam em torno de 5% a 7%, considerado um percentual pequeno no universo dos trabalhadores contratados. Já o presidente da Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes em Alagoas (Abrasel-AL), Brandão Júnior, diz acreditar que os ciclos da Covid-19 estão terminando pelo fato de a vacinação ter avançado e pela chamada imunidade de rebanho (uma quantidade grande de pessoas que pegaram a doença).

“Pensamos que, nos próximos meses, não estaremos mais sofrendo com intercorrências provocadas pelo coronavírus. Esta é a esperança da Abrasel, em nível nacional. No nosso dia a dia, a Covid não tem causado grandes transtornos, já que as pessoas continuam utilizando máscaras, mantendo o distanciamento e usando o álcool em gel nos nossos estabelecimentos”. Dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) mostram que o primeiro impacto do coronavírus causou uma queda de 58% dos ganhos das agências entre 2019 e 2020 — de R$ 33,9 bilhões para R$ 14 bilhões. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as empresas de turismo ganharam fôlego extra no ano passado com o avanço da vacinação. Em 2021, o faturamento chegou a crescer 22,5% com a demanda forte para o início deste ano. Mas a nova variante traz de volta a sensação de incerteza, e deve desacelerar o ímpeto do setor no primeiro trimestre deste ano, dizem entidades de classe. Uma sondagem feita pela Abav com associados mostrou que um terço das empresas esperam faturamento 60% maior neste ano que no anterior. Outros 27% esperam alta de 50%. Mas o temor é que a ômicron tenha entrado em cena para mudar os planos e repetir o baque do início da pandemia.

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