Manifesta��o aponta falhas na Educa��o
FÁBIA ASSUMPÇÃO Cerca de 1.500 manifestantes, entre professores, pais e alunos das escolas da rede pública estadual montaram um acampamento, ontem pela manhã, no pátio da Secretaria Executiva de Educação para cobrar melhorias na Educação. A mobilização o
Por | Edição do dia 10/06/2004 - Matéria atualizada em 10/06/2004 às 00h00
FÁBIA ASSUMPÇÃO Cerca de 1.500 manifestantes, entre professores, pais e alunos das escolas da rede pública estadual montaram um acampamento, ontem pela manhã, no pátio da Secretaria Executiva de Educação para cobrar melhorias na Educação. A mobilização organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas (Sinteal) fez parte da campanha salarial dos professores que têm data-base em maio e cobram uma reposição salarial de 35%. Uma comissão, formada por representantes do sindicato, pais e alunos, se reuniu no fim da manhã, com o secretário-executivo de Educação, Maurício Quintella, para discutir uma pauta que incluía desde a proposta de reajuste para os professores a falta de merenda escolar e a demora na conclusão da reforma de algumas escolas da rede. A presidenta do Sinteal, Girlene Lázaro da Silva, afirmou que a manifestação não se resumia apenas a questão salarial dos professores. Segundo ela, outros problemas graves estão comprometendo a qualidade do ensino como a carência de mais de três mil professores, principalmente na área de Ciências Exatas. De acordo com levantamento do Sinteal, 60% das escolas públicas estão com carência de professores, além de insuficiências de funcionários como merendeiras, vigias, auxiliares de serviços diversos. A falta de professores estaria contribuindo para o aumento da violência nas escolas, por causa da ociosidade dos alunos. Por causa de reformas inacabadas, algumas escolas ainda não iniciaram o ano letivo. É o caso da Escola Míriam Marroquim, nas Piabas, cuja reforma está paralisada desde dezembro. A diretora-adjunta da Escola, Tereza Maria da Silva, ressaltou que a reforma está sendo feita com recursos do Projeto Alvorada, mas a obra foi paralisada porque as verbas faltaram. Mais de dois mil alunos do Ensino Fundamental e Médio estão matriculados na unidade. Queremos que a secretaria acelere a conclusão da reforma ou encontre um outro local para colocar os alunos. A diretora afirma que com as chuvas, as águas invadiram os corredores da escola. Maria do Socorro Melo e os dois filhos estudam na escola e por isso se sente lesada duplamente prejudicada. Eu e meus filhos estamos sem estudar desde o início do ano.