Um ato que pede reajuste salarial dos trabalhadores, promovido pelo Sindicato dos Portuários de Alagoas (Sindport/AL) bloqueou o acesso ao Porto de Maceió na manhã de ontem. Os membros da entidade se concentraram no portão principal e impediram a entrada de veículos e dos próprios funcionários.
No final da manhã, a Justiça do Trabalho determinou a liberação da entrada do Porto. Concedida pela juíza Thais Costa Gondim, a liminar atende a pedido da Administração do Porto de Maceió e determina que o Sindicato dos Trabalhadores Portuários libere a entrada do Porto de Maceió e que o Sindicato se abstenha de impedir o regular funcionamento das empresas que funcionam dentro do Porto. Segundo a decisão, os manifestantes deveriam retirar imediatamente todos os obstáculos que dificultem a entrada e saída dos trabalhadores ou clientes das empresas, sob pena de multa ao Sindicato de R$10 mil a R$50 mil.
A categoria reivindica reajuste salarial. A administração do Porto de Maceió informou, por meio de nota, que o acordo coletivo dos trabalhadores já foi assinado e aprovado no conselho da companhia, aguardando apenas a homologação no Ministério da Economia.
Os portuários reivindicam ajuste salarial, que estaria pendente desde 2020. A cobrança é para implantação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), cuja negociação já dura 10 meses, e pela autonomia da unidade de Maceió. O Sindport avalia que o Porto é refém da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern).
Por causa da mobilização, uma grande fila de caminhões que entrariam no Porto se formou numa das vias principais do bairro do Jaraguá. O trânsito na região ficou lento.
VEJA NOTA DO PORTO
“A Administração do Porto de Maceió informa que o acordo coletivo dos trabalhadores já foi assinado e aprovado no conselho da companhia, aguardando apenas a homologação no Ministério da Economia.
Inclusive, dentro das cláusulas existentes consta a garantia do pagamento retroativo dos meses em que foi necessário aguardar pela homologação. Ou seja, tudo que estava ao nosso alcance já foi feito.
O direito pela luta sindical é legítimo, no entanto, não podemos concordar com o fechamento do Porto de Maceió, prejudicando outros serviços e outras categorias, além do cerceamento do direito de ir e vir”, informou a Administração do Porto de Maceió, em nota assinada por Dagoberto Omena.