O uso da máscara facial não é mais obrigatório em lugares abertos em Alagoas. O anúncio foi feito pelo governo do Estado, na terça-feira (15). Em relação à exigência do uso nos ambientes fechados, o Estado deixou a decisão para os municípios, mas orientou que seja mantida essa medida. No entanto, escolas públicas e privadas de Alagoas continuarão a exigir de seus alunos e funcionários o uso da proteção, medida aprovada pelos pais dos estudantes.

Segundo os responsáveis, nas unidades de ensino há uma movimentação intensa de pessoas e crianças que não completaram o ciclo vacinal.

“Minha filha tomou apenas a primeira dose da vacina e não está totalmente segura. Temos que ter consciência de que a pandemia ainda não acabou, que as unidades de ensino são fechadas e contam com um número alto de funcionários e estudantes. Há uma movimentação grande nas escolas”, disse Daniela Vilela, mãe de Laura Sofia, de 7 anos, aluna de escola municipal em Maceió.

O secretário de Educação de Maceió, Elder Maia, reforçou que o uso das máscaras é importante devido à grande circulação de pessoas nos ambientes escolares, como pontua a mãe da pequena Laura. “Manter o uso obrigatório das máscaras é importante, tendo em vista que há uma grande circulação de estudantes, colaboradores, professores e pais em ambientes escolares fechado”, destaca.

O Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL) informou que foi consultado por escolas e professores acerca da continuação do uso da máscara nas unidades de ensino, após anúncio da desobrigatoriedade do item.

“Muitos relataram medo, por isso pedem que a exigência da máscara seja mantida”, disse Eduardo Vasconcelos, presidente do sindicato. Eliane Santana, mãe de Lucas Gabriel, de 9 anos, procurou a escola do filho para pedir que a máscara continue sendo exigida na unidade de ensino. “É uma forma de proteção. A saúde do meu filho vem sempre em primeiro lugar. Me senti muito feliz quando a escola falou que continuará exigindo a máscara”, expôs.

O filho de Eliane estuda em uma escola particular de Maceió. A reportagem entrou em contato com outras escolas da rede privada, que confirmaram manter a exigência. O colégio Santíssimo Senhor, por exemplo, vai exigir a proteção. “Por aqui, vamos manter o uso das máscaras. Pelo menos até este final do mês de março, até para avaliar como os números da pandemia vão se comportar já que muitas pessoas, em muitos espaços, deixarão de usar o item de proteção”, explicou a unidade de ensino, por meio de assessoria.