Os onze primeiros dias de julho registraram uma média de quase quatro mortes por dia em decorrência da Covid-19, segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). De acordo com o levantamento do órgão, do dia primeiro até esta segunda-feira (11), o Estado registrou 41 mortes pela doença, uma média de 3,72 mortes diárias. Esta segunda-feira foi o dia que registrou o maior número de óbitos em decorrência da Covid-19, com sete casos. Em seguida aparecem a quarta-feira (6), com seis mortes; sexta-feira (8), com cinco; terça-feira (5) e domingo (10), com quatro óbitos, cada; e sexta-feira (1º), quinta-feira (7) e sábado (9), com três.
Ainda de acordo com o boletim da Sesau, todos os dias de julho registraram óbitos pela Covid-19. Sábado (2), domingo (3) e segunda-feira (4) registram os menores números, com duas mortes para cada dia.
Além das sete mortes registradas nesta segunda-feira (11), Alagoas registrou nas últimas 24 horas 218 novos casos de Covid-19. As vítimas fatais desta segunda eram todas idosos de 66 a 86 anos. Uma idosa de 81 anos, que residia em São Miguel dos Campos, tinha hipertensão e faleceu no Hospital Metropolitano, em Maceió; um homem de 85 anos, que residia em Maceió, e tinha hipertensão arterial e diabetes, faleceu também no Hospital Metropolitano; uma mulher de 66 anos, que residia em São Miguel dos Campos, tinha hipertensão, diabetes e doença cardiovascular, morreu no Hospital Geral do Estado (HGE).
Outro idoso, de 70 anos, que residia em Maceió, tinha hipertensão, diabetes e sequela de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e faleceu no Hospital Veredas, na capital. Com 86 anos, uma idosa que residia em Maceió, tinha hipertensão, diabetes, enfisema pulmonar, cardiopatia e alzheimer, falecendo na Santa Casa de Maceió. Outra mulher, também de 86 anos, que residia em Maceió, tinha hipertensão e diabetes e faleceu no Hospital Metropolitano. Também não resistiu às complicações da Covid, uma mulher de 76 anos que morava na capital, tinha câncer de mama, diabetes e cardiopatia. Ela faleceu na Santa Casa de Maceió. Oficialmente, Alagoas registra 312,4 mil casos e 6.994 mortes por Covid.
LEITOS
O crescimento acelerado de casos de Covid-19 levou a ampliação gradativa de leitos exclusivos para tratamento de pessoas com a doença em Alagoas e assim evitar o colapso da rede hospitalar. Atualmente, 53% ou 48 das 90 vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão ocupadas. Desde ontem, foram disponibilizadas mais 50 vagas no Hospital da Mulher, em Maceió. Serão contemplados ainda o Hospital Regional Santa Rita (Palmeira dos Índios) e o Hospital Carvalho Beltrão (Coruripe), de forma gradativa. A medida tenta garantir atendimento no momento que cresce o número de infectados e mortes em Alagoas. Nessa segunda-feira, foram mais 218 casos e sete vítimas que não resistiram à Covid. Boletim da ocupação de leitos emitido pela Secretaria de Saúde de Alagoas mostra que, até segunda-feira, a taxa de ocupação dos leitos gerais chegou a 44% (162 dos 371). “É preciso aumentar o número de leitos por uma questão de segurança. Uma reserva para as próximas semanas, já que o vírus está circulando com muita força ainda”, diz o infectologista Renee Oliveira. De acordo com o médico, a proliferação das variantes ainda é preocupante especialmente para os idosos e aqueles com comorbidades. “Os mais jovens vacinados não estão desenvolvendo a forma mais grave da doença, então tem afetado os mais velhos”. Em algumas unidades de saúde a situação já é preocupante: na UTI do Hospital da Mulher, em Maceió, os únicos seis leitos pediátricos estão ocupados; 80% da UTI adulto e de leitos clínicos do Hospital de Emergência do Agreste têm pacientes. Além deles, no Hospital da Criança e na Maternidade Santa Mônica esgotaram as dez vagas.