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Por | Edição do dia 21/04/2002 - Matéria atualizada em 21/04/2002 às 00h00
Douglas Apratto falou, ainda, acerca deste 22 de abril, destacando Alagoas como um dos primeiros pontos a serem percorridos pelas naus lusitanas chefiadas pelo piloto italiano Américo Vespúcio, a serviço dos portugueses, em 1501, atingindo o Rio São Miguel e o Rio São Francisco. E diz que o nosso Estado associa-se a este fato histórico, que é propício a reflexão. Uma reflexão cuidadosa sobre o que somos, por que somos assim, como foi a nossa formação histórica, sobre virtudes e defeitos da sociedade que nos originamos, a partir do dia 22 de abril de 1500. Isto, porque a gente alagoana foi formada a partir deste fato histórico que dá muito panos pra manga em matéria de discussão e contraditórios. Através do Almirante Cabral, inserimo-nos definitivamente na admirável engenharia territorial do nosso País e de seus fundamentos sociológicos e humanos. Com a colonização De acordo com Apratto, a partir da redescoberta da terra ou do descobrimento como é mais conhecido, protagonizamos acontecimentos decisivos na história nacional. Desde a incursão exploradora de 1501 nunca mais deixamos de ser notícia. Pioneirismo da colonização, com os engenhos de açúcar, a resistência heróica dos Caetés que lutaram até o fim contra a apropriação de sua terra pelos estrangeiros, motivando a guerra de extermínio contra eles, o naufrágio da nau Nossa Senhora de Ajuda e o banquete antropofágico do Bispo Sardinha. Fomos objeto de desejo dos franceses que aqui fundaram suas feitorias para levar nosso valioso pau-brasil; participamos intensamente do período holandês, inclusive com a presença do controvertido Domingos Fernandes Calabar, cujo papel histórico precisa ser discutido. Douglas Apratto recorda, ainda, que Alagoas ficou na berlinda também como a terra de Zumbi dos Palmares, bastião da liberdade das Américas, símbolo da luta contra a escravidão. Igualmente nos engajamos nas lutas libertárias contra o domínio metropolitano, em 1817 e 1824, tivemos nossos movimentos sociais como os Cabanos. Participamos da guerra do Paraguay através dos contingentes de Voluntários da Pátria, da campanha abolicionista e da campanha republicana. República, aliás, que teve no seu proclamador e no seu consolidador, dois soldados alagoanos, Deodoro e Floriano. Alagoas, pequena, é um estado de tradições fortes, centenárias. De vocações que se firmam com o tempo.