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Nº 5897
Cidades O último crime foi registrado no final de semana, na cidade de Campo Alegre, no Agreste

ALAGOAS REGISTRA DEZ MORTES DE PESSOAS LGBTQIA+ ESTE ANO

Somente nos últimos quinze dias, o Estado registrou duas mortes envolvendo a comunidade, segundo dados da Segurança Pública

Por JOBISON BARROS e HEBERT BORGES | Edição do dia 09/08/2022 - Matéria atualizada em 09/08/2022 às 04h00

Alagoas registrou, em um intervalo de quase duas semanas, duas mortes de pessoas LGBTQIA +, e o número de assassinatos envolvendo essas vítimas chegou a 10 somente neste ano no Estado. O último crime foi registrado no final de semana, na cidade de Campo Alegre, no Agreste. O corpo de Luan Ribeiro foi achado dentro da própria casa, no sábado (7). O funcionário público, de 40 anos, era servidor da Prefeitura de Campo Alegre e trabalhava como animador de festa. Ele foi morto a facadas e o autor foi preso. O suspeito foi confessou o crime e relatou à polícia que a vítima queria praticar sexo à força. O outro crime foi registrado há duas semanas. A Polícia Científica de Alagoas (POAL) identificou a identidade de um corpo encontrado em um açude no bairro da Cidade Universitária, em Maceió. Tratava-se do corpo de Antônio Pereira Chicuta Neto, de 43 anos, conhecido como Tony Chicuta, natural de São José da Laje, em Alagoas, e que também já foi candidato a vereador por Maceió pelo partido Rede Sustentabilidade (Rede). Ele foi morto a tiros e a polícia segue investigando o caso. Ambas as vítimas eram homossexuais. No ano passado, Alagoas registrou 16 assassinatos contra minorias sexuais e de gênero, segundo levantamento do Grupo Gay de Alagoas (GGA/AL). Em 2020, o estado foi classificado como o mais perigoso do Brasil para esta população.

PRISÃO

Nesta segunda-feira, a Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante de Flaviano Gonçalves de Souza, de 20 anos de idade, preso nesse domingo (7) pelo assassinato do animador de festas e coreógrafo Luan Ribeiro dos Santos, em Campo Alegre. Flaviano Gonçalves, que confessou o crime, passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (8). A decisão pela prisão foi tomada pela juíza plantonista Luana Cavalcante de Freitas. A juíza argumentou que decretou a prisão preventiva, tendo em vista a gravidade em concreto e a repercussão do caso “para garantia da ordem pública e da manutenção da credibilidade das instituições judiciais”. Com isso, Flaviano Gonçalves ficará preso por tempo indeterminado. Luan Ribeiro teve o corpo encontrado no último sábado (6), em sua residência, com marcas de golpes de faca e com um saco plástico amarrado na cabeça, na cidade de Campo Alegre. Em depoimento à polícia, o suspeito de matar o professor, que era servidor público de Campo Alegre e animador de festas, disse que matou a vítima após ela tentar praticar sexo à força com ele. Ele disse que bebeu junto com o professor por várias horas e não aceitou a suposta relação sexual, mas essa versão ainda está sendo investigada. As investigações sobre o caso prosseguirão, agora, por meio de inquérito, que será presidido pelo titular do 75º Distrito Policial, de Campo Alegre, delegado José Ailton Cavalcante.

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