O Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed) encaminhou representação ao procurador-geral de Justiça, Lean Araújo, para que o Ministério Público force o governo do Estado a fazer modificações no edital do concurso público para preenchimento de cargos na Secretaria Estadual de Saúde e Fundação Universitária das Ciências da Saúde (Uncisal). A entidade também quer que o MP fiscalize a realização do concurso. Ao ofício, encaminhado na última sexta-feira, foi anexado uma abaixo-assinado com 300 assinaturas de médicos, insatisfeitos com as regras do edital. O documento também foi enviado ao procurador regional do Trabalho, Alpiniano do Prado Lopes. “Esse abaixo-assinado foi enviado para caracterizar que não se trata de um ação do Sinmed contra o governo do Estado, mas que há vários colegas da categoria que não concordam com as exigências feitas no edital do concurso”, observou Alceu. Ele reforça que, ao contrário do pessoal de nível médio, o Sindicato dos Médicos não está contra a realização do concurso, mas contesta algumas distorções contidas no edital. Uma delas é a exigência de especialização ou residência médica, fora a prova de títulos, além do conteúdo programático das provas para as diferentes especialidades, considerado fora da realidade, ora por excesso, ora por omissão. Outro ponto criticado pelo Sindmed é a quebra do princípio da isonomia salarial da categoria. O edital estabelece uma remuneração de R$ 540,00 para 24 horas semanais e R$ 824,00 para 40 horas. “Isso é um insulto à categoria médica”, protesta Alceu. Ele afirma serem inverídicas as declarações do secretário de Administração, Valter Oliveira, de que os médicos foram chamados a participar da elaboração do edital. “O sindicato oficiou esse pedido, mas nunca foi chamado”, garantiu Alceu.