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MESMO SEM CASOS, VÍRUS DA RAIVA CIRCULA NA CAPITAL
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Por Regina Carvalho | Edição do dia 29/09/2022 - Matéria atualizada em 29/09/2022 às 04h00
O Ministério da Saúde alerta que a raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. Em Maceió, não há relato de casos de raiva humana desde 2020 e em animais em 2020 e 2021, um em cada ano.
A reportagem pergunta ao o médico-veterinário Kleber Barros Nunes, da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), qual a situação da capital em relação à raiva. “A nossa situação é confortável, pois o município vem atingindo as metas de vacinação antirrábica canina e felina, porém estamos sempre em estado de alerta, uma vez que foi diagnosticado 01 caso de um canino em 2020 e de 01 sagui em 2021. Casos estes que demonstram que o vírus rábico está circulando. Sabemos que nossa cidade é cercada e entrecortada por matas e isto muito favorece a circulação desse vírus de ciclo silvestre”, destaca.
De acordo com o MS, após o período de incubação, surgem os sinais e sintomas clínicos inespecíficos (pródromos) da raiva, que duram em média de 2 a 10 dias. Nesse período, o paciente apresenta mal-estar geral; pequeno aumento de temperatura; anorexia; cefaleia; náuseas; dor de garganta; entorpecimento; irritabilidade; inquietude e sensação de angústia. “A raiva é uma doença de grande importância dentro das zoonoses, e extremamente letal, uma vez q não existe tratamento para o homem nem para os animais, a partir do momento em que se exteriorizem os sintomas”, explica o médico-veterinário Kleber Barros Nunes, da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ). A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. (Podem surgir manifestações mais graves e complicadas como ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes; febre; delírios; espasmos musculares involuntários, generalizados, e/ou convulsões”, destaca ainda o MS. “A vacinação antirrábica canina e felina é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença, além dos cuidados q se devem ter com os animais, onde estes devem ser mantidos alojados adequadamente sem acesso às vias públicas ou, se for o caso de sair, estarem sempre acompanhados pelo tutor e bem contidos”, acrescenta o médico-veterinário.
Em relação aos casos de raiva humana, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em Maceió não foi registrado nenhum caso nos anos de 2020, 2021 e 2022 . Entretanto, em animais, há confirmação em 2020 (1 cão); 2021 (1 sagui) e nenhum em 2022, até agora.
No Brasil no período de 2010 a 2020, foram registrados 38 casos de raiva humana, sendo que em 2014, não houve caso. Desses casos, nove tiveram o cão como animal agressor, vinte por morcegos, quatro por primatas não humanos, quatro por felinos e em um deles não foi possível identificar o animal agressor. Atualmente no Brasil, os casos humanos confirmados para raiva no ano de 2022 somam 5, sendo 4 ocorrências em Minas Gerais e 1 ocorrência no Distrito Federal.