Educação
ESCOLA PARTICULAR DE MACEIÓ EXPULSA 25 ALUNOS APÓS TROTE
Brincadeira dos estudantes se tornou ato de vandalismo nas dependências da instituição de ensino

Um trote sem a prévia autorização culminou na expulsão de 25 alunos da terceira série do Ensino Médio da escola Santa Úrsula, localizada na Jatiúca, em Maceió nesta quarta-feira (9). A brincadeira dos estudantes se tornou um ato de vandalismo nas dependências da instituição de ensino na última quinta (3). Em nota, encaminhada a pais e responsáveis, o Colégio Santa Úrsula ressalta que a mobilização dos estudantes foi iniciada em um grupo de WhatsApp. Eles teriam programado uma “brincadeira” em forma de trote sem a prévia autorização e sem o conhecimento da coordenação do Colégio. Ainda segundo a escola, na organização da “brincadeira”, que consistiria em fazer uso de ovos, amido de milho em pó (maisena), sinalizadores e bombas, estava determinado que todos os alunos seriam envolvidos de forma deliberada na atividade. Ao tomar conhecimento, a coordenação enviou comunicado aos pais e responsáveis dois dias antes do ocorrido, em 1º de novembro. O colégio explica ainda que houve a tentativa de averiguar com alguns alunos da 3ª série se a informação tinha procedência, mas não obtiveram resposta que confirmasse a notícia. No entanto, dois dias depois, os atos de vandalismo se materializaram. Vídeos que circulam na internet mostram os estudantes atirando ovos pela escola, dentro da sala de aula, bem como disparando extintores de incêndio no pátio.
Em nota, o colégio informou que na quinta-feira (3), os coordenadores novamente estiveram em sala de aula e conscientizaram os alunos no sentido de não realizar tais atos, diante do risco de causar lesões às pessoas da comunidade escolar e por se tratar de uma ação de cunho desrespeitoso com professores, alunos e demais funcionários.
“Entretanto, mesmo com todas as orientações e informações passadas em sala e de comunicados enviados às famílias, fomos ignorados em nossas solicitações, por parte dos alunos, e tivemos um momento de extremo desrespeito ao outro, sem empatia com equipe de apoio e com as crianças que não tinham conhecimento do que se tratava. Faltando 15 minutos para o fim do intervalo das 10h, alguns alunos da mencionada série saíram pelos corredores da escola em algazarra, atirando ovos, maisena, água, bexigas de água, acendendo sinalizadores e disparando extintores de incêndio de pó químico nos corredores da escola e dentro de salas de aula”, diz a nota. E continua: “Historicamente tem sido comum alguns alunos promoverem brincadeiras no fim do ano letivo, sendo habitualmente situações saudáveis de comemoração pelo fim de uma etapa importante na vida dos estudantes. No entanto, as ações praticadas no último dia 03/11/22 excederam o limite do bom senso, deixando de se tratar de uma ‘brincadeira’ e se tornando atos excessivos e ofensivos de alunos contra outras pessoas. Como consequência, tivemos pessoas machucadas fisicamente, outras com problemas respiratórios, além de se ofender o bem-estar das pessoas com necessidades especiais que frequentam o ambiente escolar, entre outras consequências danosas, ou seja, como foi alertado, tivemos danos e situações embaraçosas com crianças e adolescentes que não gostariam de se envolver na situação”. Na nota, o colégio informa que todos os alunos envolvidos foram identificados através dos equipamentos de gravação de vídeo da escola, por vídeos fornecidos por outros alunos e por relatos de testemunhas. “Diante da situação e seguindo nossos princípios e a nossa missão, visão e valores institucionais, além do respeito aos diversos atendimentos e às famílias que confiam em nossa instituição, que acreditam entregar seus filhos a um ambiente propício para a formação de valores éticos e respeito ao próximo, não poderíamos deixar de tomar providências em relação a esse grupo”, ressalta a nota. O documento esclarece aina que a escola aplicaria as penalidades proporcionais e adequadas a todos os alunos envolvidos no evento, na medida da participação de cada um, inclusive aplicando as penalidades máximas possíveis diante dos atos mais sérios e reprováveis, nos termos do Regimento Escolar. “Por ter adentrado na esfera que envolve o direito da criança e do adolescente, na medida em que se fizer necessário, o colégio disponibilizará todo o material probatório produzido para as autoridades públicas, a fim de que estas, na medida de suas atribuições, tomem as providências que entenderem necessárias”.