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Nº 5897
Cidades

Generais descartam em reunião ação contra atos em frente a quartéis

Na avaliação da cúpula do Exército, manifestações são permitidas pela Constituição e não devem ser encerradas à força

Por Folhapress | Edição do dia 11/11/2022 - Matéria atualizada em 11/11/2022 às 06h21

O comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmou nessa quinta-feira (10) aos generais da Força que as manifestações em frente aos quartéis não devem ser reprimidas pelos batalhões. Na avaliação da cúpula do Exército, os atos são permitidos pela Constituição e, por mais que possam gerar distúrbios nas regiões militares, não devem ser encerrados por força.

A orientação foi repassada durante uma reunião que o Exército tradicionalmente realiza para o encerramento do ano de instrução, na qual a análise das ações realizadas pela Força é repassada ao generalato. O encontro por videoconferência reuniu cerca de 150 generais da ativa e durou duas horas, segundo relatos de quatro participantes ouvidos pela Folha. - o apoio logístico e de segurança ao pleito - e os demais trabalhos realizados pelo Exército durante o ano. As manifestações em diferentes quartéis no país foram citadas por serem assunto relevante para a Força neste momento, de acordo com os generais. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão reunidos em frente a quartéis desde o fim do segundo turno, em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os atos pedem intervenção das Forças Armadas contra o resultado eleitoral. A orientação aos generais teria sido dada em meio a uma eventual insatisfação de Bolsonaro sobre como o caso tem sido conduzido pelo Exército. De acordo com pessoas com conhecimento do assunto, o presidente teria ficado irritado com notícias sobre uma suposta tentativa da Força de barrar manifestações em Brasília. O Exército solicitou ajuda ao Governo do Distrito Federal para manter a segurança e a ordem pública em frente ao quartel-general em Brasília, com envio de ambulâncias e funcionários do serviço de limpeza para garantir a manutenção da área. Outra preocupação de militares é com o sobrevoo de drones sobre as áreas militares, como manifestantes têm feito para gravar vídeos dos protestos. Eles também entendem que a segurança dos apoiadores do presidente deve ser feita pelas Polícias Militares, e não pelos batalhões do Exército, que têm ajudado no controle do trânsito e segurança dos prédios públicos. Pela reunião de ontem ter sido ampla e com pauta pré-definida, assuntos mais sensíveis à Força não foram tratados. Tradicionalmente, esses temas são discutidos em encontros periódicos e presenciais do Alto Comando do Exército..

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