Com o objetivo de identificar os furtos de energia em Alagoas, a Equatorial vem intensificando a fiscalização em imóveis residenciais e comerciais por todo o estado. De acordo com a distribuidora, entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, foram feitas diversas inspeções para combater essa irregularidade e em 60,2% delas houve a caracterização de fraude no consumo de energia. 

Em todo o ano de 2022, foram realizadas 134 mil inspeções e em mais de 67 mil imóveis a distribuidora encontrou irregularidades. Isto representa um percentual de 50% de desvio nas unidades fiscalizadas. Em termos financeiros, isso representa uma redução de faturamento de R$ 370 milhões no ano.

O gerente de relacionamento com o cliente da Equatorial, Carlos Morais, explica que a distribuidora consegue identificar os casos a partir de denúncias, do serviço de inteligência ou mesmo pelo perfil de consumo da unidade, seja imóveis residenciais ou comerciais. 

“Recebemos as informações nos canais disponíveis para os consumidores, seja por telefone ou através do nosso site. Mas também temos o setor de inteligência que analisa o comportamento de consumo das unidades, assim como o perfil de consumo. Quando percebemos uma queda por por meses seguidos ou formas alternadas, pode caracterizar o ‘gato’ na unidade. A medição fiscal, nos postes, também é uma forma de identificar que registra a quantidade de carga que por ali passa e que abastece uma quantidade de casas”, explicou. 

Todos os tipos de imóveis são vistoriados, conforme a distribuidora, desde residenciais a atividades comerciais, agrícolas, fazendas, indústria. “Todo tipo de consumidor é inspecionado para o combate a essa prática em Alagoas que não ocorre apenas em comunidades carentes, mas também em condomínios de alto padrão. Em todas as classes identificamos o furto de energia”, pontuou o gerente da distribuidora em Alagoas. 

Outro ponto importante que a Equatorial ressalta é que em 8,7% das inspeções foram realizadas em clientes ligados à revelia da concessionária na rede de distribuição. “O que chama atenção nessas fiscalizações que encontramos as irregularidades é esse percentual de clientes que estavam ligados à revelia, ou seja, direto da rede da Equatorial. Além do furto de energia, há no perigo pelo ato da ligação poder gerar choque de grandes proporções, risco de curto circuito. Esse dado nos preocupa bastante”, acrescentou Morais.  

Além da perda de energia, a instalação de um “gato” gera outras consequências relevantes para a população, como por exemplo: prejuízo à qualidade de fornecimento de energia aos demais clientes regulares, risco de acidentes graves devido a intervenção irregular na rede de distribuição tanto para quem faz a intervenção pelo não uso os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), como para todas as demais pessoas da população que transitam no local em que a irregularidade é praticada.

“O objetivo das ações de combate ao furto de energia além da segurança, é também garantir a qualidade do fornecimento de energia elétrica que é distribuída aos alagoanos. Quando se fala em prejuízos não são apenas financeiros, pois há ainda a evasão dos impostos que não são pagos pelo consumidor que poderiam estar sendo direcionados para áreas importantes como segurança, educação, saúde”, acrescentou Carlos Morais. 

De acordo com a Equatorial, a prática destas modalidades de irregularidade pode caracterizar os crimes de furto ou de estelionato previstos nos artigos 155 e 171 do Código Penal Brasileiro. Por isso, a distribuidora reforça a importância do combate e inibição dessas práticas para manter a qualidade da energia elétrica distribuída aos alagoanos. 

As denúncias de ligações clandestinas e irregulares podem ser feitas anonimamente na Central de Atendimento da Equatorial, por meio do telefone 0800 082 0196 ou no site al.equatorialenergia.com.br.