Uso do laser na Odontologia reduz riscos de contamina��o
A utilização de laser na odontologia tem a capacidade de redução microbiana de 99,4% em casos de canais dentários contaminados, evitando que os microorganismos se fixem no coração, prejudicando o paciente, ou comprometendo o sucesso do tratamento de end
Por | Edição do dia 03/05/2002 - Matéria atualizada em 03/05/2002 às 00h00
A utilização de laser na odontologia tem a capacidade de redução microbiana de 99,4% em casos de canais dentários contaminados, evitando que os microorganismos se fixem no coração, prejudicando o paciente, ou comprometendo o sucesso do tratamento de endodontia. A informação é do professor da USP Carlos de Paula Eduardo, pioneiro no estudo de técnicas de laser no Brasil, que participa do I Encontro Nacional da Associação de Laser em Odontologia (ABLO), que se encerra hoje no Hotel Jatiúca. O laser ainda não substitui a broca tradicional, mas em algumas situações utiliza técnicas não invasivas, muito importantes, a exemplo da odontopediatria, na remoção do tecido cariado, comenta o professor Eduardo de Paula. Durante o evento, o emprego do laser está sendo apresentado em 46 áreas da odontologia, de forma multidisciplinar. Cinqüenta por cento dos equipamentos de baixa potência disponíveis hoje no mercado são nacionais: um novo mercado que surge a partir da abertura de novas fábricas e contratação de pessoal. No País, são de 15 a 20 faculdades que realizam pesquisas na área e o Brasil é um dos cinco países do mundo onde mais se pesquisa o laser na odontologia, afirma Eduardo de Paula. O congresso mundial do setor, este ano, será em julho no Japão, mas, em 2004, o evento ocorrerá no Brasil. Sobre os custos do tratamento, informa que o laser não pode representar 10% a mais do tratamento tradicional. Há um relação de custo/benefício, sobretudo porque as técnicas e os equipamentos devem ser vistos como algo a ser utilizado por vários profissionais, em períodos de 10 a 12 horas, barateando seus custos.