O serviço de Disque-Racismo, implantado no dia 21 de março, recebeu 21 denúncias até 30 de abril. O objetivo é atender pessoas discriminadas em diversos setores da sociedade, encaminhando as vítimas para um atendimento jurídico, psicológico e de assistência social, através da ação de três mulheres: uma advogada, uma psicóloga e uma assistente social, além do pessoal de apoio. Segundo a psicóloga Sandra Ferrari, as pessoas que sofrem com injúrias e discriminações ficam fragilizadas e desencorajadas a exercer seus papéis de cidadãs, seja na grupo de trabalho, escola, bairro, etc. Outro problema é o fato de elas desconhecerem os seus próprios direitos e se envergonharem de buscar ajuda. A assistência do serviço busca trabalhar a auto-estima e a auto-imagem dessas pessoas. “Muitas vítimas de injúrias preferem nem aparecer e sabemos que é importante expô-las o mínimo possível, pois isso não vai favorecer o processo”, diz Sandra Ferrari. Ela citou uma senhora cujos filhos pequenos foram acusados de estarem roubando um pedaço de chocolate numa loja da cidade, tendo sido abordados por um inábil segurança, quando ela estava na fila para pagar uma caixa do produto. Esse caso deixou a vítima sob forte estresse e revolta.