Projeto depende do Comit� de Bacias
O dinheiro para o projeto de revitalização do São Francisco só começa a ser liberado no ano que vem, quando o Comitê da Bacia do rio já estiver instalado. Antes disso, os recursos financeiros são quimeras, como definiu o cientista José Theodomiro, preside
Por | Edição do dia 05/05/2002 - Matéria atualizada em 05/05/2002 às 00h00
O dinheiro para o projeto de revitalização do São Francisco só começa a ser liberado no ano que vem, quando o Comitê da Bacia do rio já estiver instalado. Antes disso, os recursos financeiros são quimeras, como definiu o cientista José Theodomiro, presidente do Comitê de Bacia e reconhecido internacionalmente como a maior autoridade sobre o São Francisco. Os recursos estão polarizados entre os ministérios da Integração Nacional, Meio Ambiente e Cultura e deverão somar 5 bilhões de reais, a preços do ano passado, englobando as três áreas de revitalização do rio obras de engenharia e arquitetura, culturais e de meio ambiente. Somente no Ministério do Meio Ambiente foram anunciados recursos de 1,5 bilhão de reais. Palavra final Encarregado de fazer o levantamento de toda a área ribeirinha, desde a nascente até a foz do São Francisco, o cientista José Theodomiro lembrou que as discussões sobre o projeto de revitalização, até agora, são estéreis. Tudo o que se discutiu, tudo o que se falou sobre a revitalização do São Francisco não passa de um sonho, pois nada poderá ser feito antes da instalação do Comitê de Bacias, o que só deverá acontecer em agosto que vem, disse. O trabalho desenvolvido pela Federação das Indústrias de Minas Gerais Federaminas - com a finalidade de conseguir o tombamento do São Francisco como patrimônio da humanidade, não interfere nas atribuições do Comitê de Bacias, mas Theodomiro deixou claro que qualquer projeto para o rio, em quaisquer das áreas (engenharia, arquitetura, meio ambiente ou cultura) necessitaria da aprovação do Comitê. Sobre a origem dos recursos financeiros, a Comissão Interestadual Parlamentar, na qual Alagoas tem quatro representantes (deputados Antônio Albuquerque, Chico Tenório, Cícero Amélio e Cacalo), propôs que seja definido no percentual de 0,5% do Orçamento Geral da União, ou seja, metade do que definia a Constituição de 1946.