O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Alagoas (Incra) ainda está desenvolvendo um plano para obter o número de desapropriações rurais necessárias para cumprir a meta determinada pelo Programa de Reforma Agrária do Governo Federal de 2002 para Alagoas. O Ministério de Desenvolvimento Agrário estipulou para este ano o assentamento de 1.620 famílias no Estado, mas dificilmente a instituição vai conseguir cumprir a meta federal. De acordo com a assessora de imprensa do Incra-AL, Eulália Lima, o órgão ainda não fez a imissão de posse de nenhum imóvel este ano. Conforme dados fornecidos pelo Incra, em pesquisa do último dia 30 de abril, existem 32 acampamentos e 2.709 famílias de trabalhadores sem-terra catalogados pelo órgão, esperando por uma definição do Incra. Em Alagoas, há 62 assentamentos em processo de desapropriação assistidos pelo Incra, totalizando um número de 42.947 hectares, o suficiente para beneficiar 5.742 famílias. Sede Na tentativa de obter 50 imóveis rurais para atender aos objetivos do governo, a instituição acaba de abrir uma sede em Maragogi. “O Incra abriu um escritório naquela região porque lá está concentrada a maior parte das ações de vistorias e de maior demanda em Alagoas”, informou Eulália Lima. Segundo a assessora, o Incra de Alagoas já fez a entrega de 388 títulos de terra para trabalhadores rurais assentados no Estado, mas outros 380 poderiam ter sido entregues também se não fosse a burocracia do Instituto de Terras de Alagoas (Iteral). O instituto não teria enviado dados técnicos corretos que faltavam para a conclusão e entrega desses novos títulos, prejudicando assentamentos nas localidades de Costa Dourada, Água Fria, Melos, Mangebura e Pau Amarelo, todos situados em Maragogi.