Entidades contestam n�mero do IBGE sobre mortalidade
A Coordenadoria Estadual da Pastoral da Criança e o Comitê Estadual de Redução da Mortalidade Infantil informaram, ontem, que a taxa de mortalidade infantil de 45,9%, para cada mil crianças nascidas vivas, registrada no ano passado, em Alagoas, e divulgad
Por | Edição do dia 10/05/2002 - Matéria atualizada em 10/05/2002 às 00h00
A Coordenadoria Estadual da Pastoral da Criança e o Comitê Estadual de Redução da Mortalidade Infantil informaram, ontem, que a taxa de mortalidade infantil de 45,9%, para cada mil crianças nascidas vivas, registrada no ano passado, em Alagoas, e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (lBGE), abrange apenas as áreas onde atuam as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF). Segundo a coordenadora da Pastoral, Ivone Torres, várias áreas na Capital ainda não estão sendo atendidas pelo PSF. Acrescentou, ainda, ser elevado os casos de subnotificações, ou seja, casos de óbitos de crianças que não chegam às autoridades da saúde. Ivone afirma que as maiores vítimas são as crianças residentes em bairros periféricos e de famílias carentes. A falta de saneamento básico nos bairros, além da má alimentação, são alguns dos fatores que mais contribuem com o crescimento de mortalidade infantil no Estado. Segundo informou a coordenadora, na Pastoral da Criança o registro da taxa de mortalidade infantil chega a ser de 10 mortes para cada 1.000 nascidos vivos, dados esses que não estão sendo notificados pelo IBGE. Se todos os casos fossem notificados, certamente a taxa de mortalidade chegaria ao dobro do que está sendo apresentado pelo IBGE, revelou, acrescentando que a entidade tem experiência com atuação no campo. Ela enfatizou ainda que a Pastoral da Criança atua em 60 municípios do Estado, e a expectativa é atender a mais 80 até o fim do ano. Nosso compromisso será estender o nosso trabalho em todo o Estado, frisou Ivone Torres.