Auditores, técnicos e pessoal administrativo da Receita Federal podem parar por tempo indeterminado a partir do dia 24, caso a Câmara dos Deputados não aprove o relatório para conversão em lei da Medida Provisória 2175-29, que prevê a correção das distorções do salário-base da categoria e a quebra da paridade. A decisão foi tomada ontem pela manhã, numa assembléia realizada no pátio da Delegacia Regional de Alagoas, que teve também a participação de auditores e médicos peritos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e fiscais do Ministério do Trabalho. “Essa foi a deliberação de nossa assembléia local. Agora, vamos aguardar o resultado da assembléia nacional da categoria que acontece hoje”, informou o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal em Alagoas, José Gonzaga. Paralisação Os auditores fiscais da Receita Federal e do INSS, além dos médicos peritos e fiscais do Ministério do Trabalho, paralisaram suas atividades ontem, durante todo o dia. Novas paralisações deverão acontecer na próxima semana, na terça, quarta e quinta-feira. “Caso não seja votado na Câmara o relatório do deputado Roberto Pessoa (PFL/CE) até a próxima quinta-feira, poderemos deflagrar a greve por tempo indeterminado já na sexta-feira, 24”, reforçou Gonzaga. Os auditores fiscais e as demais categorias consideradas carreiras de Estados lutam também por um reajuste linear para todos, conforme reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de Inconstitucionalidade 2061-7 e recuperação das funções de Estado da Receita Federal.