Maceió é a capital com a segunda temperatura mais alta do Brasil
Cidade de Pão de Açúcar, no sertão de Alagoas, foi a mais quente do país entre domingo (21) e quarta (24)
Por Hebert Borges | Edição do dia 26/01/2024 - Matéria atualizada em 26/01/2024 às 04h00
Maceió foi a segunda capital mais quente do Brasil nessa quinta-feira (25), de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os números mostram 35,6° C na capital alagoana, que ficou atrás somente de Boa Vista, em Roraima, que marcou 36,2°C.
O órgão mostra ainda que, de domingo (21) até quarta-feira (24) a Pão de Açúcar, no sertão de Alagoas, foi a cidade mais quente do país. Na última segunda (22), o município chegou a registrar 41,2°C.
A onda de calor também atingiu outros locais do estado. No início da semana, Arapiraca marcou 37,6°C , sendo a terceira maior temperatura do Brasil. Já na terça (23), Piranhas, também no Sertão alagoano, atingiu os 38,4°C.
Em relação às capitais, na quarta (24), Maceió registrou 35,4ºC, empatada com Boa Vista, como a mais quente do país.
DIA MAIS QUENTE DOS ÚLTIMOS 30 ANOS
Esta semana, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) informou que Maceió registrou a maior temperatura dos últimos 30 anos, alcançando 35,9° C.
O dia em que a capital alagoana apresentou essa marca, foi na última terça-feira (23), entre às 12h e às 13h. Até então, a maior temperatura registrada na cidade foi em 24 de março de 2019, quando atingiu 35,8 °C.
As altas temperaturas nesta semana colocaram, pelo segundo dia consecutivo, cidades alagoanas no topo do ranking do país, cujas médias foram as mais altas do Brasil.
O meteorologista da Semarh, Vinícius Pinho afirma que essas médias de temperatura podem subir ainda mais nos próximos dias.
“Esse vento forte está sendo anômalo. O vento Nordeste ocorre mais intensamente entre os meses de novembro e dezembro. Inclusive esse sistema de alta pressão sobre o mar está promovendo uma espécie de bloqueio atmosférico, impedindo que uma frente fria, que está mais ao sul, entre aqui”, disse.
Para o meteorologista, durante o período de verão é fundamental acompanhar o clima em tempo real para poder perceber as rápidas mudanças que podem acontecer. “A ocorrência de um calor intenso e de ventos fortes e sem registros de temporais com chuvas rápidas, comuns nessa época, impõe uma dificuldade cada vez maior para a meteorologia, diante dos extremos climáticos, para compreender os fenômenos e desencadear os alertas visando poupar danos e reduzir prejuízos”, afirmou.