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Alagoas registra queda de 26,8% nos casos de dengue em 2025

Estado acompanha tendência nacional, que apresentou redução de cerca de 60% no número de casos prováveis ​​da doença

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Agentes de saúde visitam casas para localizar e combater focos do mosquito Aedes Aegypti
Agentes de saúde visitam casas para localizar e combater focos do mosquito Aedes Aegypti | Foto: Divulgação

Alagoas registrou uma redução de 26,8% nos casos prováveis ​​de dengue nas primeiras seis semanas de 2025, acompanhando a tendência nacional de queda da doença. Os dados, divulgados pelo Ministério da Saúde, apontam que o número de casos passou de 511, registrados em 2024, para 374 em 2025 no mesmo período.

A superintendente de vigilância e controle de doenças da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Waldinéa Silva, explicou que apesar dos números representarem uma diminuição de 5,94% em relação ao mesmo período do ano passado, os cuidados com a prevenção da dengue devem ser reforçados.

“Com o aumento no volume de chuvas, existe uma tendência de crescimento no número de casos de infecções por dengue. Por isso é importante que os cuidados contra os criadouros do mosquito sejam reforçados”, destacou Waldinéa.

O Brasil, como um todo, apresentou uma queda de 60% nos casos prováveis ​​da doença. Até ao dia 13 de fevereiro de 2025, foram registados 281.049 casos prováveis, contra 698.482 no mesmo período de 2024.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a mobilização nacional, que envolveu todos os níveis de governo e da sociedade.

Entre os estados brasileiros, 17 reduziram o número de casos prováveis, enquanto 10 registraram aumento. As maiores quedas ocorreram no Distrito Federal (-97%), Rio de Janeiro (-91%), Minas Gerais (-88%), Amapá (-79%) e Paraná (-74%).

Para o pesquisador Cláudio Maierovitch, da Fiocruz Brasília, a conscientização da população e a estruturação da rede de saúde são essenciais para o combate à dengue. “As pessoas precisam saber onde procurar atendimento e como agir diante dos sintomas”, explicou.

Preocupação com o sorotipo 3

Apesar da redução geral, o estado de São Paulo registrou aumento de 60% nos casos, alcançando 164.463 registros até agora. O avanço da doença preocupa especialistas, pois está associado à circulação do sorotipo 3 do vírus, que não foi detectado no país há mais de 15 anos.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou que a circulação do DENV-3 pode levar a novos surtos. Além do Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México, Nicarágua, Peru e Porto Rico também registraram a presença do sorotipo.

Medidas preventivas e investimento em diagnóstico

Para evitar novos surtos, o Ministério da Saúde implementou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses, ampliando o monitoramento da doença e reforçando ações de vigilância e controle do mosquito.

O governo também lançou a campanha “Tem 10 minutos? A hora de prevenir contra o Aedes aegypti é agora”, incentivando a população a eliminar os criadosuros do mosquito, uma vez que 75% dos focos estão dentro das residências.

Além disso, o Ministério distribuiu 6,5 milhões de testes rápidos para dengue, um investimento de R$ 17,3 milhões que visa identificar precocemente os casos, especialmente em municípios distantes e com acesso limitado a serviços laboratoriais.

Ano passado, Alagoas registrou mais de 17 mil casos e 20 mortes por dengue.

Cuidados em AL

A superintendente de vigilância e controle de doenças da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Waldinéa Silva, explicou que apesar dos números representarem uma diminuição de 5,94% em relação ao mesmo período do ano passado, os cuidados com a prevenção da dengue devem ser reforçados.

“Com o aumento no volume de chuvas, existe uma tendência de crescimento no número de casos de infecções por dengue. Por isso é importante que os cuidados contra os criadouros do mosquito sejam reforçados”, destacou Waldinéa.

Ela ressaltou que o trabalho dos agentes de endemias é fundamental para evitar a proliferação dos focos do vetor. Uma das medidas importantes é evitar a água parada, utilizada pelos mosquitos para se reproduzir. “Evitar o acúmulo de garrafas vazias, pneus, vasos de plantas e baldes são providências simples que podem garantir a segurança e bem estar de todos”, reforçou a superintendente.

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