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CELEBRAÇÕES

Igreja abre quaresma e Campanha da Fraternidade com missas em todo Estado

Durante 40 dias, os fiéis se preparam para a Páscoa, que simboliza a Ressurreição de Cristo

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Catedral Metropolitana abre o período da quaresma
Catedral Metropolitana abre o período da quaresma | Foto: Ailton Cruz

A Catedral Metropolitana de Maceió e todas as paróquias da capital e do interior abriram, nessa Quarta-Feira de Cinzas, o período da quaresma, tempo do calendário litúrgico voltado para a reflexão, oração e penitência. Durante 40 dias, os fiéis se preparam para a Páscoa, que simboliza a Ressurreição de Cristo. Em todo o Brasil, foi aberta a Campanha da Fraternidade, desenvolvida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O coordenador de comunicação da Arquidiocese de Maceió, padre Rodrigo Rios, destaca que, assim como o Natal, a Páscoa é um dos mais importantes períodos do calendário litúrgico. A Quaresma é o tempo reservado para a conversão espiritual e a preparação para a ressurreição de Cristo.

"A Igreja tem duas maiores festas do Cristianismo: a Páscoa e o Natal. No Natal, celebramos a encarnação e o nascimento de Jesus; e na Páscoa, celebramos a sua ressurreição. Esses dois momentos da vida de Jesus são precedidos por períodos de preparação. Para o Natal, chamamos de Advento; e para a Páscoa, chamamos de Quaresma. E por que? Porque são 40 dias de preparação para a Páscoa. E 40 é um número bíblico", explica o Padre Rodrigo, citando eventos bíblicos relacionados ao número, como os 40 dias que Jesus Cristo passou no deserto sofrendo tentações.

A igreja cobre as imagens a partir do início da quaresma ou mais próximo da Páscoa, antes da última semana. "Não cantamos o Glória nem o Aleluia; as músicas são mais penitenciais para que as pessoas possam interiorizar mais esse tempo. As melodias são mais serenas, pois convidam à reflexão", detalha Rios.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

A CNBB abriu nesta quarta-feira (5) a Campanha da Fraternidade, que tem como tema "Fraternidade e Ecologia Integral".

A CNBB divulgou ainda uma mensagem enviada pelo papa Francisco em razão da Campanha da Fraternidade 2025. No documento, o pontífice louva o que chama de “esforço em propor o tema da ecologia, junto à desejada conversão pessoal a Cristo”.

O santo padre chama a atenção de toda a humanidade para a “urgência de uma necessária mudança de atitude” em nossas relações com o meio ambiente e recorda que a atual crise ecológica simboliza um apelo a uma profunda conversão interior.

“O meu predecessor de venerável memória, São João Paulo II, já alertava que era preciso estimular e apoiar a ‘conversão ecológica’, que tornou a humanidade mais sensível ao tema do cuidado com a casa comum”, destacou Francisco.

“Que todos nós possamos, com o especial auxilio da graça de Deus neste tempo jubilar, mudar nossas convicções e práticas para deixar que a natureza descanse das nossas explorações gananciosas”, concluiu.

A Arquidiocese de Maceió celebrará a abertura da campanha com uma Santa Missa no próximo domingo (9), na Igreja Nossa Senhora dos Prazeres, no centro da capital. O tema deste ano contempla as questões climáticas, defendendo os ensinamentos de São Francisco de Assis e acompanhando a Carta Encíclica Laudato Si, publicada pelo Papa Francisco.

Em 2025, o Cântico das Criaturas, de Francisco de Assis, completa 800 anos, e também se celebram os 10 anos da publicação da Encíclica Laudato Si pelo Papa Francisco.

O arcebispo metropolitano de Maceió, Dom Beto Breis, enfatiza que Francisco de Assis, mesmo diante de enfermidades, sem poder enxergar, sentindo dores e marcado pelo sofrimento, compôs um dos mais belos cânticos, no qual reconhece a natureza como uma irmã que deve ser protegida.

"É impressionante porque, em uma situação de muito sofrimento e dor, Francisco canta e celebra, pois ele não se fixa na sua própria dor. Ele se une a todas as criaturas em um grande canto de louvor a Deus. Francisco não se colocava acima das criaturas, mas ao lado delas, como irmãos e irmãs, sem uma mentalidade predatória de posse, mas, ao contrário, com fraternidade e reverência à criação", pontua o arcebispo.

Há dez anos, o Papa Francisco compartilhava com todos os fiéis do planeta a Carta Encíclica Laudato Si. No documento, o Santo Padre afirmava que a "Irmã Terra clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou".

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