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NOTA TÉCNICA

Atividades turísticas sem regras afetam ambientes recifais, aponta estudo da Ufal

Efeito do descontrole levou AL a registrar o maior evento de branqueamento e mortalidade de corais

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Estudo mostra que os recifes de corais no mundo estão passando por uma crise
Estudo mostra que os recifes de corais no mundo estão passando por uma crise | Foto: Divulgação

Uma nota técnica publicada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) alerta para os impactos decorrentes das atividades do turismo desenvolvidas sem regras e da realização de festas nos ambientes recifais. Sem controle, essas iniciativas podem causar efeitos negativos à biodiversidade.

O efeito desse descontrole levou Alagoas a registrar, em 2024, o que foi considerado o maior evento de branqueamento e mortalidade de corais, onde diversas áreas monitoradas alcançaram taxas de mortalidade 80%. Situação agravada não apenas pelas mudanças climáticas, mas também à degradação do ambiente costeiro.

A nota técnica da Ufal, publicada no fim de fevereiro, cita ainda danos à biodiversidade das regiões recifais decorrentes da navegação, ancoragem, pisoteio e quantidade de turistas acima da capacidade do ambiente.

Essas atividades na área causam não somente dano físico e biológico, mas também prejudicam o apelo estético dos recifes de coral para os turistas. Além disso, quando ocorrem no período noturno, aumentam a chance dos eventos devido a menor visibilidade.

“As atividades de turismo, realizadas sem regras, podem gerar ainda acúmulo de lixo devido ao consumo de bebidas e alimentos, geralmente utilizando materiais plásticos descartáveis. Os danos vão desde a ingestão pela fauna, até o aumento nas taxas de branqueamento e doenças nos corais”, informa trecho da nota técnica.

A ocupação dessas áreas de recifes pode provocar a poluição por combustíveis fósseis derivados dos motores das embarcações e poluição luminosa, devido ao uso de luzes intensas sobre o ambiente recifal.

“Essas luzes podem alterar o comportamento de peixes, aumentar o nível de estresse, diminuir taxas de alimentação, impactar na reprodução, influenciar as taxas de predação e impactar as taxas de crescimento e sobrevivência”, informa outro trecho da nota.

O estudo da Ufal mostra que os recifes de corais no mundo estão passando por uma crise devido aos efeitos das mudanças climáticas, neste sentido os impactos dos eventos sem regramento intensificam a degradação dos recifes de corais em Alagoas.

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