Novo encontro cultural que movimenta as quartas-feiras em Maceió

Maceió tem o mar da Ponta Verde, Pajuçara e Jatiúca. Tem o Marco dos Corais, a Rua Aberta aos domingos e a cadeira gigante. Tem sol o ano inteiro e uma das orlas mais bonitas do país. Agora, a capital alagoana conta também com mais uma atração que tem conquistado adeptos: o Luau do Sipá. O encontro une a beleza da lua refletida sobre o mar da Ponta Verde com gente de todas as idades e música de qualidade para todos os gostos.

O Luau do Sipá começou em janeiro deste ano e acontece todas as quartas-feiras, próximo ao Marco dos Corais, a partir das 20h. Na última quarta-feira (19), foi realizada a 7ª edição do evento. Quem frequenta desde o primeiro dia afirma categoricamente que, a cada semana, o encontro só cresce. A organização contabiliza uma média de mil pessoas presentes no local.

Cada vez mais pessoas levam amigos e familiares para compartilhar o momento de lazer, diversão e interação social. No local, é possível ver a presença de crianças, adultos e idosos. Como em uma festa democrática, o luau é acessível, gratuito e convida todos a sair de casa para sentir o ritmo da música com vista para o balanço do mar.

Na faixa de areia da Praia de Ponta Verde, João Sipá – cantor e idealizador do evento – monta sua banda com bateria, violão, violino e baixo. Ao redor, o público se aproxima com cadeiras de praia, toalhas, comidas e bebidas. Alguns se sentam na areia; outros se acomodam nos degraus do calçadão da orla.

“A estrutura do evento é simples. Montamos os equipamentos, deixamos as cangas à disposição para as pessoas se acomodarem e contamos com segurança particular no local, juntamente com a Ronda do Bairro, que também oferece proteção ao público”, afirmou o cantor João Sipá, que é a atração principal da noite, mas também recebe convidados. Quem tem talento musical pode se aproximar e dar uma “palhinha” para o público.

Nas variadas canções, ecoa o coro da plateia, que acompanha as letras das canções. Quanto mais conhecida a música, como as da banda Legião Urbana, maior é a empolgação de quem prestigia o momento.

O cantor conta que a ideia surgiu ao perceber a necessidade de conectar as belezas naturais da praia de Maceió à cultura alagoana. “O intuito é enaltecer tanto a natureza quanto a arte da capital”, explica. O evento é uma parceria de João Sipá com um dos bares onde ele canta à noite em Maceió.

“Ainda não temos parceria com órgãos públicos, mas a prefeitura já está ciente e compreende a importância do luau. Os organizadores estão custeando as necessidades do evento. Para o público, é gratuito, basta chegar e se acomodar”, diz o cantor.

A diversidade dos estilos musicais e o ambiente acessível tornam o luau um momento eclético, onde pessoas de todas as idades se sentem em casa. “Elas se conectam com o mesmo intuito: ter um momento de tranquilidade na praia, com música à beira-mar”, ressalta João Sipá.

Embora a barraca onde João Sipá canta seja parceira do luau e comercialize seus produtos no local, outros ambulantes também podem aproveitar a oportunidade para vender comidas, bebidas e artesanatos ao público presente.

A professora e moradora de Maceió Marluce Morais, de 56 anos, soube do evento pelas redes sociais e resolveu comparecer acompanhada de amigos. Sua primeira experiência no luau foi na quarta-feira, 19 de março. “Maceió estava precisando disso”, pontuou.

“Estou gostando do tipo de música, do ambiente, de tudo. Está muito legal aqui. A interação das pessoas é incrível. Virei outras vezes, com certeza, se Deus quiser”, afirmou enquanto assistia ao grupo musical.

Ela destaca pontos positivos do luau. “Para o turismo, é muito importante, porque Maceió é muito bonita, mas não oferece muitas opções além da praia durante o dia. À noite, os turistas ficam sem ter muito o que fazer. Aqui, eles têm uma opção próxima dos hotéis, perfeita para todos”, comentou.

A gestora de negócios Araiana Marroquim aproveitou o luau para estar com a irmã e a sobrinha, ainda criança. “Adorei. É uma programação diferente. A energia das pessoas aqui é incrível. O ambiente é organizado e agradável. É uma experiência para a família e para os amigos”, afirma.

O técnico de enfermagem Dênis Gomes da Silva estava com um grupo de amigos sentados na areia. “Há uma mistura. O evento promove diversidade. Não tem apenas um estilo de música. Hoje, por exemplo, teve uma apresentação gospel. Está bem legal”, pontuou.

João Sipá afirma que seu objetivo é consolidá-lo como um evento cultural da capital. “Esperamos, nas próximas edições, ter o máximo de público possível, com segurança, conforto e qualidade musical para todos”, finalizou.