TRAGÉDIA
PC e Capitania investigam acidente que matou criança na Praia do Guga
Caso aconteceu no último sábado (29); pai de vítima foi internado em estado grave


A Capitania dos Portos e a Polícia Civil iniciaram a investigação sobre o acidente, na Praia do Gunga, em Roteiro, que deixou um menino de 5 anos morto e o pai gravemente ferido. Os dois foram atingidos pela hélice de uma lancha quando estavam no mar, no momento em que houve uma manobra da embarcação, acionada acidentalmente por outra criança, mas de apenas 3 anos. O caso aconteceu no último sábado (29).
O delegado Bruno Emílio, que vai investigar o caso, afirmou que a família do garoto está em choque e sem condições ainda de prestar esclarecimentos à polícia. Antes do acidente, todos, incluindo as vítimas, estavam na mesma lancha. Era um grupo de parentes e amigos que resolveu aproveitar o fim de semana na Praia do Gunga.
“Embora a priori a polícia civil venha tratando como um acidente, uma fatalidade, a gente tem por obrigação investigar as circunstâncias da morte. Se realmente foi uma situação inevitável da ação da criança de 3 anos e se foram tomados todos os cuidados em relação a segurança da embarcação”, afirma o delegado.
As informações preliminares que chegaram à Polícia Civil são de que pai e filho estavam no mar, aguardando a aproximação de uma moto aquática, pois a criança teria pedido para dar uma volta no jetski de um amigo do pai dele. Foi nesse momento que a criança de 3 anos acionou a marcha a ré e acabou atingindo a criança de 5 anos e o pai que estavam na água.
“A Marinha do Brasil informa que tomou conhecimento de um acidente, envolvendo uma lancha, na praia do Gunga, em 29 de março de 2025, onde duas pessoas foram atingidas pela embarcação. De imediato, uma equipe da Capitania foi enviada ao local a fim de prestar o apoio necessário”, informa trecho da nota enviada à imprensa.
No dia do acidente a Capitania dos Portos destacou que seria instaurado um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do ocorrido.
O menino T.M.G foi atingido pela hélice da lancha onde estavam seu pai, mais parentes e amigos. Ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.
O óbito foi confirmado pelo Instituto Médico Legal (IML) às 20h47 do último sábado. “Não é uma situação tão fácil de analisar. Vai depender muito também do laudo pericial da Capitania dos Portos que nesses casos de acidentes com veículos aquáticos é essencial para a conclusão do Inquérito Policial”, finaliza o delegado Bruno Emílio.