BEBÊ DESAPARECIDA
Mãe de recém-nascida dá cinco versões diferentes para o caso em Novo Lino
Polícia também trabalha com a hipótese da menina estar morta; cão farejador fez buscas na área


Uma operação foi montada nessa segunda-feira (14) para localizar a bebê Ana Beatriz Silva de Oliveira, com apenas 15 dias de vida, que desapareceu em Novo Lino, interior de Alagoas. O caso direcionamento das buscas mudou depois que a mãe da recém-nascida mudou cinco vezes a versão do caso, que era investigado como sequestro. A Polícia Civil investiga a hipótese da menina estar morta.
Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, mãe da bebê, foi ouvida novamente pela polícia no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Novo Lino. A reoitiva ocorreu após contradições nos relatos anteriores. Também participaram do depoimento o pai da criança, Jaelson da Silva, e o advogado da família, José Wellington.

A nova etapa da investigação acontece em meio a uma grande mobilização das forças de segurança no município. Equipes das polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros realizaram uma operação conjunta para tentar localizar a recém-nascida. As buscas se concentraram nas imediações da residência da família, com o apoio de cães farejadores treinados especificamente para localizar corpos.

No relato inicial, Eduarda informou que havia sido abordada por uma mulher e três homens em um carro enquanto aguardava em um ponto de ônibus com o filho mais velho. Os supostos criminosos teriam levado a bebê à força.
Após o anúncio do sequestro, as forças policiais dos dois estados se mobilizaram e encontraram um carro com as características parecidas com as que a mãe informou em Vitória de Santo Antão, no interior pernambucano. Um homem chegou a ser detido, mas foi liberado.

Novas versões do caso
Três dias após o desaparecimento da bebê, a polícia comunicou que houve contradições no depoimento de Eduarda Oliveira. Em uma das narrativas mais recentes, segundo os delegados Igor Diego e João Marcelo, a mulher afirmou ter sido vítima de abuso sexual cometido por dois homens encapuzados que teriam invadido sua casa e levado a criança.
De acordo com os investigadores, a versão envolvendo abuso sexual foi desmentida por imagens de câmeras de segurança e pelo depoimento de vizinhos.
O delegado João Marcelo informou que a mulher alegou que teria deixado o portão da residência aberto, o que teria permitido a entrada dos supostos criminosos. No entanto, a Polícia Civil aponta inconsistências em todos os seus relatos.
A possibilidade de envolvimento com tráfico humano não é descartada, mas, por enquanto, todas as hipóteses seguem sob análise e em sigilo. Até o fechamento desta edição, a recém-nascida não havia sido localizada.