loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
terça-feira, 22/04/2025 | Ano | Nº 5950
Maceió, AL
25° Tempo
Home > Cidades

NOVO LINO

Mãe diz que corpo de Ana Beatriz ficou quatro dias escondido no armário de casa

Eduarda de Oliveira foi presa e confessou que matou bebê asfixiada com almofada; polícia aguarda necropsia para confirmar essa versão

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Eduarda disse ter dormido todas as noites na casa onde o corpo estava oculto
Eduarda disse ter dormido todas as noites na casa onde o corpo estava oculto | Foto: Reprodução

A mãe da recém-nascida Ana Beatriz, morta com 15 dias de vida em Novo Lino, interior de Alagoas, disse em depoimento à Polícia Civil, que o corpo da filha passou quatro dias escondido dentro de um armário no quintal da casa onde morava. Eduarda de Oliveira, de 22 anos, confessou o crime.

O depoimento foi gravado na noite da última terça-feira (15), quando a mãe confessou que matou a filha asfixiada com uma almofada que estava na sala. Em um vídeo de 18 minutos, obtido pela TV Gazeta, Eduarda relatou que usou uma almofada para asfixiar a bebê na madrugada de 11 de abril, na sala de casa.

O corpo foi colocado em um saco de enxoval, envolto em dois sacos plásticos, e escondido em um armário com materiais de limpeza. Ela afirmou que só revelou o local à polícia e aos familiares do marido na tarde de 15 de abril. Exceto na segunda-feira, quando foi levada ao Hospital da Mulher para exames após alegar ter sofrido estupro, Eduarda disse ter dormido todas as noites na casa onde o corpo estava oculto.

A suspeita está presa preventivamente por ocultação de cadáver, enquanto a Polícia Civil aguarda laudos periciais e de necropsia para confirmar sua versão. Em depoimento, ela declarou: “Eu não conseguia dormir, perambulava pela casa, ia até o armário achando que ela poderia estar viva, mas não estava. Deixei lá e não mexi mais.”

A suspeita afirmou que agiu sozinha e que o marido só soube do crime após sua confissão ao advogado.

O CASO

Ana Beatriz foi dada como desaparecida desde 11 de abril. Inicialmente, Eduarda alegou que a bebê foi sequestrada por uma mulher e três homens em um carro, enquanto ela esperava em um ponto de ônibus com o filho mais velho. No entanto, a polícia passou a desconfiar da versão após contradições em relatos de três testemunhas e imagens de câmeras de segurança. Uma força-tarefa com Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e cães farejadores foi mobilizada para localizar a criança.

Quatro dias após o desaparecimento, Eduarda indicou o local do corpo e confessou o assassinato. O sepultamento de Ana Beatriz ocorreu na quarta-feira (16), no Cemitério Pedro Martiliano da Silva, em Novo Lino. O velório, próximo à casa da família, e o cortejo reuniram centenas de pessoas, marcadas por comoção e pedidos de justiça.

Relacionadas