ALTAS TEMPERATURAS
Quadra chuvosa terá eventos extremos: seca e chuvas intensas em AL; entenda!
Defesa Civil do Estado apresentou plano estratégico diante de cenário climático semelhante ao de 2012 e 2017


Durante apresentação do plano de acionamento interinstitucional para a quadra chuvosa de 2025, realizada na manhã desta quinta-feira (24), a Defesa Civil do Estado e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) revelaram um período de baixa pluviosidade e risco de eventos extremos, como chuvas fortes em curto intervalo de tempo.
Segundo a Semarh, três dos quatro modelos meteorológicos internacionais analisados indicam tendência de altas temperaturas e chuvas abaixo da média em grande parte do estado, especialmente no semiárido.
A previsão reforça a possibilidade de agravamento da seca já em curso, o que pode comprometer a recarga hídrica em bacias importantes como as dos rios Jacuípe, Paraíba e Mundaú.
“O volume de chuvas está muito abaixo da normalidade. Se esse cenário continuar, enfrentaremos um período crítico de escassez hídrica, como já ocorreu em 2012 e 2017. Por outro lado, essa condição de calor e umidade favorece a formação de nuvens carregadas, aumentando o risco de chuvas intensas e localizadas, com potencial destrutivo”, explicou Vinícius Pinho, superintendente de Prevenção em Desastres Naturais da Semarh.
Plano de resposta articulado
Diante desse quadro, a Defesa Civil de Alagoas reuniu órgãos de segurança pública e defesas civis municipais no auditório da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) para apresentar as diretrizes do plano estadual de enfrentamento a desastres naturais.
“Queremos mostrar que o Estado está preparado para responder a emergências durante a quadra chuvosa, que começou em abril e vai até agosto. Cada secretaria já possui responsabilidades definidas, o que permite uma atuação mais rápida e eficaz”, destacou o capitão Douglas Gomes, do setor de desastres naturais da Defesa Civil.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel André Verçosa, reforçou que cidades historicamente afetadas, como Murici, União dos Palmares, Branquinha, São José da Laje e Santana do Mundaú, já contam com monitoramento constante e equipes de prontidão.