Confira os destaques da política nacional #CH05052020
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Por Cláudio Humberto | Edição do dia 05/05/2020 - Matéria atualizada em 05/05/2020 às 06h00
PODER SEM PUDOR: De olho no imponderável
Uma das mais célebres raposas políticas do País, Amaral Peixoto acertou com o então ministro da Justiça, Petrônio Portela, sua adesão ao PDS, que apoiava a ditadura. Conversou por três horas com Petrônio e viajou de volta ao Estado. No desembarque, os jornalistas tentaram confirmar sua adesão. “Ainda não está certo, falta o aval do presidente.” Um repórter observou: “Mas o Sr. conversou três horas com o ministro!...” Amaral reagiu: “Ora, meu filho, isso não basta. E se o ministro morrer?” Petrônio Portela morreria uma semana depois.
STJ não vê crise com decisões judiciais cumpridas
O ministro João Otávio de Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não vê “crise institucional”, tampouco “desafio à Justiça”, nos desabafos do presidente Jair Bolsonaro contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial no veto à sua primeira escolha para dirigir a Polícia Federal. Para ele, tudo deve ficar limitado aos desabafos: “O importante”, disse, “é que as decisões judiciais têm sido cumpridas”.
Não há impasse
O presidente do STJ disse que haveria impasse institucional se as decisões da Justiça não fossem cumpridas. “Mas não é o caso”, disse.
Decisões extremas
À Rádio Bandeirantes, Noronha advertiu que a desobediência a decisões da Justiça seria grave e levaria o Congresso a tomar decisões extremas.
Questão de hábito
Noronha considera que muito desse barulho é de gente pouco habituada à democracia, mas isso, necessariamente, não a coloca em risco.
Esplendor democrático
Para o ministro, “o Brasil vive no esplendor democrático” e as manifestações são livres, exceto quando atentam contra as instituições.
DF faz desinfecção e testagem em massa na Papuda
A expansão do Covid-19 no Distrito Federal parece sob controle, mas a situação da população carcerária é a que mais preocupa o governador Ibaneis Rocha. Ele determinou já para esta terça-feira (5) uma operação para desinfetar os presídios do Complexo Penitenciário da Papuda, realizar testagem em massa e distribuir máscaras de proteção. O governador também mandou transferir os presos para um prédio novo.
Sinal de alerta
O sinal de alerta foi ligado no governo do DF quando se verificou o contágio de 250 pessoas no complexo prisional.
Hospital de campanha
Há duas semanas, Ibaneis determinou providências da Secretaria de Saúde para construir hospital de campanha no âmbito da Papuda.
Pegando todo mundo
Além da população carcerária, também funcionários do sistema, principalmente agentes carcerários, acabaram contaminados.
Promessa é dívida
O relator da PEC do “orçamento de guerra”, deputado Pedro Paulo (MDB-RJ), prometeu que após a pandemia vai integrar iniciativas com o objetivo de reduzir o tamanho do Estado e as regalias do setor público.
Lanterna disputada
Levantamento do instituto Paraná Pesquisa sobre a eleição presidencial mostrou que o governador paulista João Doria (PSDB), parece haver “queimado” a largada: afora os lanterninhas Guiulherme Boulos e Wilson Witzel, o tucano é apenas o terceiro “de baixo para cima”, com 3,8%.
Fôlego na chegada
Apesar do seu desempenho pífio nas primeiras pesquisas, não se deve subestimar João Doria: na sua primeira eleição, para prefeito de São Paulo, largou com 2% das intenções de voto. E venceu no primeiro turno.
O pai da matéria
A nomeação do novo diretor-geral da Polícia Federal é o triunfo da sensatez. Até Alexandre Ramagem, vítima do STF, aconselhou o presidente a partir para outro. E sugeriu Rolando Alexandre de Souza.
Falta coerência
Projeto de deputado do PDT pune com rigor maior quem fraudar o programa de auxílio emergencial. Há seis meses, quando Bolsonaro propôs algo assim contra fraudadores do Bolsa Família, virou “malvado”.
Memória de peixe
O general Braga Netto agradeceu à mineradora Vale pelas doações de material de proteção, como máscaras e testes rápidos. A empresa vem fazendo “bondades” para se limpar da lama de Mariana e Brumadinho.
Não decolou
Segundo o Google Trends, ferramenta que mede a “temperatura” de buscas na internet, o termo “impeachment” chegou ao maior nível dos últimos 12 meses, semana passada: 100. Em relação ao impeachment de Dilma, o maior nível da série histórica, o resultado é de apenas 4.
Uma coisa é uma coisa
A posse do premiê inglês é casual, sem pompa, nem circunstância. No Brasil, posse-rápida sem grande cerimônia e desperdício de dinheiro público, parece só poder acontecer por motivações obscuras.
Pensando bem...
...fazia tempo que nomeação, desnomeação e renomeação chamavam mais atenção que o vírus.