Confira os destaques da política nacional #CH07082021
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Por Cláudio Humberto | Edição do dia 07/08/2021 - Matéria atualizada em 07/08/2021 às 04h00
PODER SEM PUDOR: Chave de galão
O ex-embaixador do Brasil em Washington, Roberto Abdenur, demitido pelo ex-chanceler Celso Amorim por telefone, gosta de jogar futebol. Certa vez, numa quarta-feira, hora do almoço, ele se paramentou todo e exigiu vaga em uma pelada de filhos de diplomatas no Clube das Nações, em Brasília. E aplicou autêntica chave de galão: “Quero jogar, sou ministro”. Obteve a vaga, mas a garotada se vingou: ninguém lhe passou a bola. O jogo inteiro.
Aras deve ‘intermediar’ relação entre STF e Planalto
É lorota a nota do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a reunião do seu presidente com o procurador geral da República. O tal “diálogo permanente entre as duas instituições” e outras obviedades quase não foram tratadas. Falaram por 50 minutos sobre a crise que atingiu sua temperatura mais alta no “rompimento” declarado por Fux, ao cancelar reunião com outros chefes de poder. A Aras restou o papel inescapável de “intermediário informal” na relação entre os chefes dos poderes.
O pacificador
Aras é mestre do relacionamento, elegante e gentil, e inspira respeito no Planalto e no STF. Por isso deve evoluir à condição de “pacificador”.
Quem começou
A origem na briga entre Jair Bolsonaro e o STF mais parece a velha discussão sobre quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha.
Ovo ou a galinha?
O STF acha inaceitável Bolsonaro agredir ministros. O governo acha que o STF começou as hostilidades, “cassando” prerrogativas do presidente.
O jogo é político
O STF acusa o presidente até de “crimes” não previstos no ordenamento jurídico: “difundir fake news” e “uso indevido de órgãos de comunicação”.
A bola está com a Câmara
O presidente da Câmara, Arthur Lira, agiu como presidente de poder, ao determinar que será o plenário quem vai decidir sobre impressão voto, e não o presidente da República ou ministros do STF e do TSE.
Precisa ser estudado
Ministros de cortes supremas, mundo afora, devem estar perplexos com a participação de ministros do nosso Supremo de evento reunindo opositores do governo. O Brasil, de fato, não é para principiantes.
Brasil bate 150 milhões de doses aplicadas
O Brasil ultrapassou, na sexta-feira (6), as 150 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas na população. O número equivale a cerca de 95% do público-alvo da campanha nacional de imunização, que teve início em 17 de janeiro, de pouco mais de 158 milhões de brasileiros adultos. Desses, cerca de 45 milhões de brasileiros estão completamente imunizados com duas doses ou com a dose única da vacina Janssen.
População geral
Mais de 52,5% da população geral, que inclui crianças e adolescentes, já recebeu ao menos uma dose de vacina.
Imunizados
O Mato Grosso do Sul é o estado que mais imunizou sua população: 34,6% receberam duas doses ou a dose única Janssen.
Primeiras doses
São Paulo é o estado que mais aplicou primeiras doses de vacinas; mais de 39,3 milhões. Mais de 61% da população recebeu uma dose.
Vacinação capital
O governo do Distrito Federal definiu para terça-feira (10) o início da vacinação a partir dos 25 anos de idade. Na próxima semana, confirmará a imunização de brasilienses a partir dos 18 anos.
Jogada eleitoral
O governo paulista divulgou calendário com antecedência de até sete semanas, sem a garantia de que haveria vacinas. Como as doses não se materializaram na data “prevista”, culpou o Ministério da Saúde. E ontem o governador João Doria mudou a versão. Agora há vacinas.
Melancia no pescoço
Para imitar países europeus, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), pretende exigir de visitantes duas doses de vacina, como se no Estado estivessem os únicos brasileiros integralmente imunizados.
Negativa unânime
O deputado Ricardo Barros (PP-PR) divulgou interessante levantamento, baseado nas notas taquigráficas da CPI, mostrando que todas as testemunhas negaram seu envolvimento com a negociação de vacinas.
Mal na foto
Resultados preliminares de pesquisas para 2022 indicam que senadores da cúpula da CPI da Pandemia não estão lá muito bem na foto, em seus Estados, ainda que grande parte dos entrevistados seja antibolsonarista.
Esses ianques...
Os EUA costumam fazer “hacking Def Cons” para testar a inviolabilidade de suas urnas eletrônicas. Em uma das mais recentes, os hackers nem mesmo suaram. Levaram pouco mais de 1 hora para invadir o sistema.
Pergunta na boca da urna
Se nas eleições presidenciais de 2022 o eleito somar 51% dos votos, o derrotado com 49% vai aceitar o resultado?