Governo e Investigações
Relações de Lupi com investigados no INSS colocam cargo em risco

Negar a urgência da anistia é perpetuar o ódio e a perseguição”

PODER SEM PUDOR: A apelação de Jânio
Em 1988, sem dinheiro para a campanha à prefeitura de São Paulo, Jânio Quadros advertiu empresários sobre a “ameaça comunista” de Eduardo Suplicy e Fernando Henrique Cardoso. Diante da frieza dos potenciais financiadores, explodiu: “Os senhores são tão miseráveis que, quando veem um pobre, lhe pedem as horas!”. Resultado: conseguiu todos os recursos de que precisava.
Ligação a acusados pode render demissão de Lupi
O elo quase visceral de Carlos Lupi com enrolados na gatunagem no INSS, que lesou aposentados, virou preocupação dentro do Planalto, que aguarda o andamento das investigações para decidir o destino do (ainda) ministro da Previdência. Lupi é amigo de Maurício Camisotti, fundador e suspeito de ser sócio oculto da Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), alvo da PF na operação que desbaratou o esquema bilionário.
Pra todo lado
Lupi tem ligações até com o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), também alvo de batida da PF. O presidente, Milton Cavalo, é do PDT.
Lula desmoralizou
Mesmo com o escândalo, Lupi hesitou sobre a demissão de Alessandro Stefanutto da chefia do INSS, mas foi desmentido horas depois.
É meu
Stefanutto trocou o PSB pelo PDT de Lupi, que o escolheu pessoalmente para presidir o INSS. Deu no que deu.
Crise familiar
O vice-presidente do Sindnapi, José Ferreira da Silva, também arrasta a crise para dentro do governo: “Frei Chico” é irmão de Lula.
Para o PT, polícia em hospital era ‘desumano’
Hoje silenciosos sobre a intimação de Jair Bolsonaro na UTI, em 2016 os petistas reagiram indignados quando a PF prendeu o ex-ministro Guido Mantega no hospital. À época, a prisão foi classificada de “arbitrária, desumana e desnecessária”.
Assim é ‘covardia’
Ex-ministro do Lula 3, Paulo Pimenta disse que “prender alguém no hospital é covardia. Não havia necessidade”.
Coisa de ditaduras
Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou a prisão de Mantega como “ação comum em ditaduras”.
Estado perseguidor
Maria do Rosário (PT-RS) qualificou a prisão como “espetáculo deplorável” e prova de perseguição.
Caprio brasileiro
Voz vencida na condenação da cabeleireira Débora, Luiz Fux faz lembrar o juiz Frank Caprio, que ensina: um bom juiz decide com sabedoria e compaixão.
Jogo bruto
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) relatou piora no estado do pai após a intimação do STF: “Coisa de gente sem honra, sem caráter e sem vergonha na cara”.
Tratamento de mafioso
Último capo da máfia siciliana, Matteo Denaro foi preso durante tratamento de câncer, mas fora da UTI, após 30 anos foragido.
Está claro
Carlos Jordy (PL-RJ) reiterou que o projeto da anistia não prevê perdão preventivo a Bolsonaro: “Ele não quer isso”.
Palavra do especialista
Deltan Dallagnol afirmou: “Sob hipótese alguma Moraes poderia mandar intimar alguém doente e em estado grave”.
Rede preferida
Seis ministros do STF mantêm contas no X: André Mendonça, Nunes Marques, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Luis Roberto Barroso. Alexandre de Moraes desativou sua conta.
Voto reafirmado
Alexandre de Moraes reafirmou seu voto, insistindo que a cabeleireira tentou dar golpe no 8 de janeiro.
Frente óbvia
Já são 290 frentes parlamentares no Congresso. Dez foram criadas apenas em 2025, incluindo a “Frente da Influência Digital”.
Pensando bem…
…golpe em velhinhos, em tese, dá cadeia.
