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quarta-feira, 02/04/2025 | Ano | Nº 5936
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A ANUNCIAÇÃO A MARIA

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A anunciação a Maria Santíssima pelo arcanjo Gabriel de que ela seria a mãe de Jesus, é o primeiro dos mistérios gozosos. Com a anunciação começa concretamente na terra a história da nossa salvação que, desde toda a eternidade, já existia na Trindade. Como aconteceu, onde aconteceu, todas as circunstâncias desse momento central da história da humanidade nos são ainda hoje desconhecidos. Os evangelhos são parcos nas informações, que gostaríamos de saber por força da nossa curiosidade natural. Os apócrifos nos dão narrativas interessantes, contam-nos fatos pormenorizados, que podem ser verdadeiros ou não, mas como a Igreja não os considera inspirados, não podemos nos apoiar neles.

Um apócrifo nos fala que a anunciação a Maria teria acontecido quando ela se preparava para ir à fonte da cidade, a fim de buscar água. Outro, conta-nos que tudo aconteceu à noite no quarto de Maria, após seu pai ter dito à família que, o rabino, chorando, anunciara à comunidade que chegara o tempo do Messias. Ambos os apócrifos, o evangelho de Tiago e o secreto da Virgem Maria, são ricos em pormenores.

O único evangelho inspirado que nos conta a anunciação é o de Lucas e este é riquíssimo em dados espirituais e teológicos. Lucas começa dizendo que tudo aconteceu no sexto mês da gravidez de Isabel. Em seguida, que foi Deus quem enviou o anjo Gabriel a uma Virgem, casada com José, da casa de Davi, mas ainda em estado de noivado. Informa ainda que a virgem estava na cidade de Nazaré, no norte da Palestina, precisamente na província da Galileia, e que o nome da virgem era Maria. Até aqui já temos um mundo de informes.

Primeiro, o anúncio foi feito pelo anjo Gabriel a mandado de Deus, o Deus Pai, de quem parte o desígnio salvífico a ser realizado pelo Filho, por obra do Espírito Santo. Segundo, a boa nova é dada a uma virgem. Em grego, a palavra virgem aqui é “parthénos”, substantivo adjetivado que não está com artigo, porque não era conhecida por seu noivo. No costume judeu, o casamento era dividido em duas partes. Na primeira, a documentação era assinada e os noivos passavam a ter a situação de casados com todos os deveres, mas não conviviam. Somente na segunda parte, quando o noivo levava a noiva para sua casa era que começava a convivência dos nubentes. Maria, portanto, era virgem e o será em seguida, como sabemos pelas Escrituras Sagradas e pela Tradição da Igreja.

O nome “Maria”, em hebraico “mariam”, de origem egípcia, tem os significados de “ser amado” ou vidente. A forma aramaica “mâriam” parece significar a senhora. Vamos continuar o estudo dessa narrativa bíblica preciosa no próximo artigo.

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