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Nº 5897
Coluna Religião Arquidiocese reuniu membros da Igreja, sociedade civil e pública na Paróquia Universitária de Santa Terezinha

CF 2022: Arquidiocese reúne igreja e sociedade

Reunião serviu para dar o pontapé a uma série de debates sobre o tema deste ano da Campanha, que é “Fraternidade e Educação”

Por Marcos Filipe - especial para a Gazeta | Edição do dia 12/03/2022 - Matéria atualizada em 12/03/2022 às 04h00

Para a abertura oficial da Campanha da Fraternidade deste ano, que tem como tema “Fraternidade e Educação” e lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31,26), a Arquidiocese de Maceió reuniu no sábado (5), membros da Igreja, sociedade civil e pública na Paróquia Universitária de Santa Terezinha, no Farol, em Maceió.

O objetivo foi dar o pontapé a uma série de debates sobre o tema deste ano, iniciando na paróquia que acolhe as universidades e faculdades do território arquidiocesano, que chega neste mês, ao seu quinto ano de fundação.

O administrador paroquial e coordenador de campanhas da Arquidiocese, padre Elison Silva, falou sobre o objetivo da CF deste ano.

“Essa é a terceira vez em que o tema é abordado em uma campanha. Impulsionado pelo Pacto Global pela Educação, propondo caminhos para uma educação mais humana, solidária, que enxergue a pessoa em sua totalidade, e dialogue com o mundo”, disse.

Representando o arcebispo Dom Antônio Muniz, que acompanhou de casa pelas redes sociais, o vigário-geral, monsenhor José Augusto, chamou a atenção os atores que formam a educação.

“O Estado não pode ser o único agente e nem o único a tomar decisões. Os atores precisam ser diversificados, e o primeiro que precisa resgatar o seu lugar é a família. Estão terceirizando a educação, a família entrega essa tarefa a terceiros e isso jamais criará uma Educação de verdade. Os valores como o diálogo, a experiência do perdão, a justiça e o olhar para o outro como irmão serão comprometidos”.

Toda essa experiência que propõe a CF 2022 foi materializada com o testemunho da professora de educação popular Maria das Graças, que ensina crianças, jovens e adultos, em um assentamento na cidade de Flexeiras. Assim ela se apresentou: “Eu sou Maria das Graças da Silva Alves, professora popular de movimentos sociais. Estou já me aposentando. Tenho 23 alunos na turma de jovens e adultos, e no fundamental, 18 crianças. Toda a minha formação e conhecimento vêm da educação popular”.

A educadora disse que tem sua formação também pela Igreja e que isso a fez olhar a diversidade na sala de aula. “Nunca olhei particularidades, sempre entrei tendo a visão do amor, da educação e dedicação pelo ser humano. Quando eu comecei, pensei que ia cair por ver tanto sofrimento. Veio o desafio de como buscar ser educadora de uma comunidade que não tem o que vestir, comer e calçar”.

Com orgulho, ela fez questão de dizer que tem ex-alunos que hoje estão na Universidade Federal de Alagoas. “Um aluno que mora em um barraco não tem um caráter menor do que aquele que mora em uma palácio. Eu respeito o humano que está na sala de aula. E isso se dá a partir do momento que eu tenho a convicção que preciso me transformar para transformar alguém. Surge a experiência do amor. É com esse sentimento de escutar e se colocar no outro que me faço educadora”, completou.

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