No fim de semana, a Igreja em todo o mundo celebrou o Tríduo Pascal, dando início a um novo ciclo na Liturgia que se segue até a Festa de Pentecostes. Na missa do último domingo (9), o arcebispo metropolitano de Maceió, Dom Antônio Muniz Fernandes, recordou que a ressurreição de Jesus é a chave da fé.
“A ressurreição de Jesus deve ser entendida como a chave da fé”, foi assim que Dom Muniz pediu que toda a Igreja de Maceió colocasse a esperança em seu coração durante o período da Páscoa.
Ele destacou a figura da pedra que cobria o sepulcro onde Jesus foi sepultado. “Ela é retirada. A grande pedra que temos em nossa vida é retirada pelo próprio Deus”.
“Tentamos entender a ressurreição de Cristo com a racionalidade humana e, desse jeito, não encostamos no sentido verdadeiro. A ressurreição e a vida nova, decorrem da paixão, morte e ressurreição do Senhor, compreendida através da chave da fé que recitamos: eu creio, mas aumentai a minha fé”.
Dom Muniz lembrou que as mulheres chegaram ao túmulo e esperaram a chegada dos Apóstolos. Depois João chega primeiro, mas também espera a chegada de Pedro. “A espera e a paciência são características da ressurreição. Devemos saber esperar para receber aquilo que professamos. Aquilo que não vemos, apenas cremos. Isso é suficiente”, disse. “Quando Pedro vê o túmulo vazio sua memória é reavivada com tudo o Mestre falou e então ele confirma a ressurreição e diz: ele está no meio de nós”, completou.
PÁSCOA DA RECONCILIAÇÃO
Ainda na Sexta-Feira da Paixão (dia 7), na Catedral Metropolitana de Maceió, ele refletiu a fala de Jesus na cruz: ‘Meu Deus, porque me abandonastes?’
“Um grito presente hoje em um mundo de tanta agressão e desrespeito, que muitas vezes é silenciado. Como dos idosos, sozinhos em suas casas, daqueles que pensam diferentes de nós, das crianças que morrem por falta de cuidados. Chegamos à mesma pergunta que Jesus fez, mas também podemos refletir: será que Ele nos abandonou?”, observou. “Vamos entender que não. Vamos entender tudo isto, que sentimos, essa morte lenta e gradual na nossa vida, que com Jesus é coroada com a ressurreição”, completou.
Dom Antônio Muniz disse que o primeiro passo é não deixar a esperança morrer, em meio às incertezas: “Mesmo que esta noite, mesmo que este dia, sejam cruéis e não tenham respostas imediatas, é preciso acreditar que o horizonte da nossa vida nunca é a derrota, nunca é a vitória do mal”.
E acrescentou: “Também não devemos acabar com a esperança do outro. Vamos procurar deixar o desespero fora de nossa vida. Quando encontrar uma pessoa triste, esteja do lado dela, quando encontrar alguém alegre, também”.