MISSIONÁRIO
Jornada terrena termina para construtor de templos em AL
Em pouco mais de 30 anos, Everett Kendall ajudou a edificar 34 templos batistas, além de casas pastorais e outros prédios


O missionário americano Everett August Kendall, da Carolina do Sul, nos EUA, que nas últimas três décadas vinha a Alagoas anualmente construir templos das Igrejas Batistas, findou sua jornada terrenal aos 83 anos e 10 meses de idade. Ele Faleceu no dia 5 deste mês. O Culto Memorial e de Gratidão a Deus por sua vida ocorreu no dia 9 em Simpsonville, onde morava.
“O irmão Everett teria sido mais um dentre os mais de trezentos milhões de desconhecidos americanos que hoje vivem. Entretanto, para muitos alagoanos, habitará agora em nossa memória afetiva enquanto nosso próprio ciclo existencial perdurar”, considerou o pastor Lon Davisson Almeida, líder da equipe de tradutores que ajudava ao missionário.
Entre os Batistas da capital ao interior, o pastor Lon avalia que perdurará imensa dívida de gratidão a Deus, à igreja de Everett (Primeira Igreja Batista de Simpsonville) e à sua família. “O nosso irmão compartilhou conosco uma imensa fatia de tempo de muita significação e maravilhosos frutos”, ponderou o pastor, fundador da “Família Batista Ictus”, no bairro Farol.
O primeiro templo construído pelo Grupo Freeland, sob a liderança de Everett Kendall, foi o da PIB Maceió, em 1993. Ao todo, em diferentes localidades, o grupo edificou 34 templos. O último deles foi em 2024, na cidade de Inhapi. Além dos templos, construiu quatro casas pastorais (uma delas em Propriá/SE), um edifício de educação religiosa e um centro de atividades e esportes.
Capacitando líderes
Nos anos de 2016, 2022 e 2023 a Igreja enviou a Everett e seus pastores para ministrar treinamentos promovidos pela Convenção Batista Alagoana no Acampamento Pr. Boyd O’Neal, em Paripueira. “Ajudar pastores e líderes de igrejas a melhor se prepararem para o serviço no Reino de Deus era outra paixão do irmão Everett”, lembrou o pastor Lon Davisson.
O pastor Jonas Bispo Pereira, coordenador da infraestrutura e do trabalho logístico da equipe liderada por Everett, resumiu o que o missionário americano fez pelos batistas alagoanos em 30 anos com as mesmas palavras expressadas pelo pastor Lon Davisson. “É imensa a dívida de gratidão a Deus que os Batistas alagoanos têm com a igreja de Everett e à sua família”.
Visitas e evangelismo
Auxiliado por sua esposa Maria das Graças, a quem chama amorosamente “Gracinha”, pastor Jonas lembrou que o missionário Everett vinha anualmente a Alagoas nos meses de julho e agosto. “Ele vinha com uma equipe de 15 a 20 missionários, em uma ação muito bem-organizada, trabalhar durante 10 dias na construção de templos, visitas e evangelismo”, disse.
Na convivência que teve durante 30 anos, o pastor avalia Everett como uma pessoa muito simples, bem relacionada com os alagoanos. “Ele não fazia questão de hospedagem de luxo. Seu grupo era formado por homens, mulheres e crianças com muita simplicidade. Todos se dedicavam ao trabalho até a noite”, concluiu o coordenador da infraestrutura.