O 13º salário, pago em duas parcelas ao trabalhador brasileiro, beneficia 980 mil alagoanos e injeta, segundo dados oficiais, mais de R$ 1 bilhão no cenário econômico local, dinamizando principalmente a economia da capital, que concentra a maioria dos assalariados. São 505 mil trabalhadores com contrato formal e 480 mil beneficiários da previdência social, em Alagoas. O somatório dos salários dos trabalhadores formais com os beneficiados pela pela previdência totaliza R$ 1 bilhão. “Isso significa 3% do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas de uma região) de Alagoas”, observa o economista Cícero Péricles, professor doutor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O 13º vai basicamente para o consumo, atendendo à demanda reprimida por tudo o que é produto, motivo pelo qual parece ser difícil fazer poupança com este dinheiro. As múltiplas necessidades de quem o recebe explicam a voracidade com que se gasta o recurso extra. Está muito relacionado às compras de fim de ano, época em que o setor comercial festeja a venda de roupas, calçados, eletrodomésticos e presentes em geral. Em Alagoas, o segmento C de consumo, com renda entre R$ 1.300 e R$ 6.500, é o mais afetado por ganhos do tipo 13º.