Ano passado, o microempresário José Petrúcio Alves contabilizou um prejuízo de R$ 1 mil devido a dois cheques sem fundo que recebeu como pagamento. No primeiro semestre deste ano, um novo prejuízo – de menores proporções – fez o empresário tomar uma decisão: trocar o pagamento em cheque pelos cartões de crédito. “Pode parecer pouco, mas R$ 400 [o valor do cheque não compensado este ano] no meu ramo de atividade, é um prejuízo considerável”, justifica ele, que além de vender confecções no bairro da Forene, também é taxista. “Infelizmente, não há como detectar se um cheque tem fundos ou não. Então, preferi evitar dor de cabeça”, justifica. O receio de José Petrúcio não acontece por acaso. Segundo o Indicador Serasa Experian divulgado na semana passada, Alagoas é oitavo estado do País que mais emite cheques sem fundos. De acordo o índice, 6,68% de todo documento emitido no estado de janeiro a outubro deste ano foram devolvidos por falta de dinheiro na conta do emissor. O percentual alagoano é superior ao dos estados nordestinos do Rio Grande do Norte, com 5,94%, Ceará (3,65%), Bahia (3,44%) e Pernambuco (2,53%). Sergipe, com 9,36% de cheques devolvidos por falta de fundos, encabeça o ranking na região e ocupa o segundo lugar em nível nacional, ficando atrás apenas de Roraima, cujo índice de devolução é de 10,74%.