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Nº 5882
Economia

G�s natural sem previs�o para abastecer Interior

Embora a utilização do gás natural em veículos ou mesmo na atividade industrial já desperte interesse do mercado consumidor de municípios como Arapiraca, Palmeira dos Índios e Penedo, o produto ainda não tem data marcada para chegar ao interior do Est

Por | Edição do dia 01/12/2002 - Matéria atualizada em 01/12/2002 às 00h00

Embora a utilização do gás natural em veículos ou mesmo na atividade industrial já desperte interesse do mercado consumidor de municípios como Arapiraca, Palmeira dos Índios e Penedo, o produto ainda não tem data marcada para chegar ao interior do Estado. Segundo informa a engenheira Alessandra Silva, do departamento comercial da Algás, embora não haja projeto concreto, a empresa cogita a expansão de gasodutos a princípio para Pilar e São Miguel dos Campos, o que poderia acontecer a partir do próximo ano. “A principal prioridade da empresa, neste momento, é cobrir o mercado consumidor da capital”, explica a engenheira. Diante dos constantes aumentos dos combustíveis como álcool e gasolina, por exemplo, cresce a cada dia o interesse de taxistas ou mesmo de empresários de adaptarem seus veículos ao uso do gás natural veicular. “Mesmo com um investimento elevado na adaptação do veículo, é a grande alternativa de sobrevivência e manutenção no mercado de trabalho”, diz um dos taxistas que trabalham no centro da cidade. Enquanto não há previsão de expansão de gasoduto até Arapiraca, um grupo empresarial do município cogita interesse na instalação de um posto para revenda do gás veicular. A engenheira Alessandra Silva, do departamento comercial da Algás, confirma o interesse de empresários da região na instalação de postos para comercialização do produto. Diante da falta de previsão de construção de um gasoduto até Arapiraca, ela explica que o produto chegaria através do chamado “gasoduto virtual”. Ou seja: o transporte através de carretas. “A utilização de gasodutos virtuais é viável, mas não é ideal. Haveria elevação de custos para o consumidor do interior”, analisa a engenheira. Projetos Ainda de acordo com a engenheira Alessandra Silva, existem projetos preliminares que apontam para a viabilidade comercial do gás veicular ou mesmo destinado às indústrias da região. A instalação, no entanto, do primeiro posto para comercialização do produto no interior do Estado depende do interesse de algum empresário da região. A meta da empresa é a expansão de suas atividades em toda a capital, onde há maior poder aquisitivo e mercado consumidor sempre crescente. Quanto à expansão de gasodutos para interior, os primeiros municípios a serem beneficiados, provavelmente a partir de 2003, seriam Pilar e São Miguel dos Campos, localidades onde estão concentradas as principais jazidas de gás do Estado e responsáveis por produção diária de aproximadamente 2 milhões de metros cúbicos. Desse total, pouco mais de 500 mil metros cúbicos ficam em Alagoas. O restante segue viagem para Pernambuco e Sergipe. Gasoduto para Arapiraca O secretário de Desenvolvimento Social e Econômico de Arapiraca, Francisco Azevedo, informou que deve voltar a manter contato com a direção da Algás no sentido de rediscutir projetos que possibilitem a construção de gasoduto capaz de trazer o produto ao mercado consumidor da região para atender não só taxistas mas também as indústrias hoje fixadas no município. Francisco Azevedo informou que é do interesse do poder público local ampliar as discussões com a finalidade de implantar a venda do produto no município, o que seria determinante para o aquecimento da economia e ainda na atração de novos investidores. “Alagoas é grande produtora de gás natural. Defendemos a utilização do produto na região de Arapiraca. Seria ainda uma forma de antecipação aos investidores que nos procuram para instalação de indústrias”, diz Francisco Azevedo. Embora não adiante nomes, ele também confirmou o interesse de empresários da cidade na instalação de postos para comercialização do gás natural veicular.

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