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Nº 5868
Economia  Todos os trabalhadores alagoanos tiveram perdas salariais no ano passado

Rendimento de quem tem ensino médio recua mais de 33% em Alagoas

Salários saíram de R$ 2.177,73 em 2017, para R$ 1.455,08 em 2018, perda absoluta de R$ 722,65 na passagem de um ano para o outro

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 19/10/2019 - Matéria atualizada em 19/10/2019 às 06h00

O rendimento médio do trabalhador alagoano com ensino médio incompleto recuou 33,18% no ano passado, na comparação com 2017, saindo de R$ 2.177,73 para R$ 1.455,08 – uma perda absoluta de R$ 722,65 na passagem de um ano para o outro. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e foram divulgados na quinta-feira (17), pela secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. De acordo com o levantamento, todos os trabalhadores alagoanos tiveram perdas salariais no ano passado. E exceção foram os trabalhadores com ensino médio completo, que tiveram uma leve alta de 0,12% nos salários, que atingiram R$ 1.722,01, em média, no ano passado. No ranking das perdas, trabalhadores com ensino superior incompleto aparecem em segundo lugar, com uma retração salarial de 16,76%. Segundo os dados, a média salarial desse trabalhador atingiu R$ 2.591,92 no ano passado, contra R$ 3.113,78 registrados em 2017. Em terceiro lugar, os alagoanos com ensino fundamental completo sentiram uma retração de 7,62% nos salários, que recuaram de R$ 1.714,13 em 2017 para R$ 1.583,45 em média, no ano passado. Também sentiram a retração salarial os trabalhadores com a 9ª série incompleta do Ensino Fundamental, que tiveram perdas de 5,79% nos salários, que atingiram em média R$ 1.532,24, no ano passado, contra R$ 1.626,46 registrados em 2017. O levantamento do Ministério da Economia revela que no ano passado, a remuneração média do trabalhador alagoano registrou um ganho de 1,1%, saindo de R$ 2.358,50, para R$ 2.384,38. Em nível nacional, o rendimento médio real do trabalhador no ano passado foi de R$ 3.060,88 - uma retração de 0,47% em relação ao ano anterior.

ESTOQUE DE EMPREGO

Os números da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2018 mostram também que Alagoas encerrou 2018 com um estoque de 493.858 empregos formais, uma alta de 1,46% em relação a 2017, quando o estoque ficou em 486.763 postos com carteira assinada - um aumento de 9.711 vagas na passagem de um ano para o outro. Segundo a Rais, foram registrados 522 empregos formais na modalidade intermitente - modalidade introduzida com a Lei 13.467/2017, que entrou em vigor em 11 de novembro de 2017. Desse total, 289 vagas foram destinadas aos homens, e outras 233, às mulheres. Em todo o País, segundo os dados do governo federal, foram criadas 61.705 vagas na modalidade intermitente, sendo 38.437 para homens e 23.268, para mulheres. Nacionalmente, o ano passado fechou com 46, 63 milhões de vínculos, 349,52 mil a mais do que em 2017, o que corresponde a um aumento de 0,8% nos postos com carteira assinada no país.

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