Influenciada pelo fechamento dos poços de extração de sal-gema em Maceió, a movimentação portuária do terminal da Braskem na capital alagoana recuou 41,25% no ano passado em comparação com 2018. Os dados são da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O terminal, situado no bairro do Pontal da Barra, e que fica em frente a fábrica da Petroquímica, é o único privado de Alagoas. Ao todo, foram movimentadas 514.037 toneladas em cargas no terminal da empresa. Destas, 58% foram produtos químicos inorgânicos e 42% produtos químicos orgânicos. O perfil desta carga foi 99.3% à granel líquido e gasoso. No ano passado, houve 49 atracações no terminal da Braskem. O mês com mais atrações foi julho, com 8. Os navios passaram em média 46 horas atracados no terminal em 2019. O sentido destas cargas revela as mudanças pelas quais a empresa passou no estado no ano passado. Isso porque os produtos embarcados recuaram 64,59%. Já os desembarcados aumentaram 76,18%. Ou seja, os produtos enviados tiveram queda, já os produtos recebidos aumentaram consideravelmente. Em relação ao tipo de navegação, as de longo curso, ou seja, com destino ou origem em portos do exterior, aumentaram 80,36%. Já a navegação de cabotagem, que é a que ocorre entre portos do mesmo País, caiu 66,21%. O Porto de Maceió, único público do estado, também apresentou redução na movimentação. Comparando o movimento de 2019 com o de 2018, a queda foi de 7,72%. A movimentação total de cargas no terminal foi de 1,6 milhão de toneladas. O sentido maior da movimentação é de embarque. Mesmo com queda de 9,33% no ano passado, comparado com 2018, foram embarcadas 980.654 toneladas no terminal alagoano. O desembarque, que teve queda de 5,15%, movimentou 644.352 toneladas. Portanto, o porto de Maceió mais envia do que recebe mercadorias.

* Sob supervisão da editoria de Economia.