Os 42 municípios que decretaram situação de emergência e tiveram o pedido de socorro reconhecido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, também pela Secretaria Nacional e que desde março esperam a execução do programa “água é vida” do governo estadual, vão ter que esperar mais um mês. Pelo menos é o que fica claro no comunicado que a Coordenação Estadual da Defesa Civil fez nessa terça-feira (14) para a Associação dos Municípios de Alagoas (AMA). A Defesa Civil estadual informou à presidente da AMA, prefeita de Campo Alegre, Pauline Pereira (PP), que no dia 15 de maio começa o credenciamento de pipeiros para fornecimento de água potável para o consumo humano e animal. Conforme a Gazeta de Alagoas publicou no domingo na matéria especial “Política Antissocial de Renan Filho pune os mais pobres em meio a pandemia”, a presidente da AMA pediu em nome dos prefeitos água para socorrer mais de 300 mil pessoas dos municípios do semiárido que enfrentam a longa estiagem.
Recentemente, a região registrou fortes chuvas que encheram barragens e açudes. Porém, a água está muito suja e imprópria para o consumo humano, reclamam os prefeitos.
O pedido de água limpa para a população do semiárido foi feito depois que os gestores municipais souberam da liberação de R$ 10 milhões que o governo federal fez via MDR, para a Defesa Civil Estadual fretar 120 caminhões pipas. Do montante, R$ 5 milhões já estão nos cofres da Defesa Civil estadual. O restante do dinheiro será liberado mediante prestação de contas da primeira parcela.
Ao justificar para a AMA a iniciativa de convocar pipeiros, a Defesa Civil estadual em seu comunicado manifestou que os proprietários de carros pipas precisam entregar a documentação: a partir de 15/05/2020, de 08h às 14h, na sede da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, localizada a rua Ciridião Durval, nº 85, Farol. Maceió – AL. CEP: 57051-230. Os prefeitos têm pressa na distribuição de água potável, principalmente na zona rural, para auxiliar no combate ao novo coronavírus. A maioria dos municípios obedece a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, que recomendam o isolamento social e a manutenção apenas de atividades essenciais nas áreas urbanas e rurais. Mas, segundo a AMA, sem água limpa aumenta o risco de contaminação da população.