Alagoas registrou o segundo pior salário mensal dos trabalhadores no ano passado, com uma média de R$ 1.348, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) - Rendimento de Todas as Fontes 2019, divulgada esta quarta-feira (6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O rendimento do trabalhador alagoano só ficou à frente da média salarial do estado do Maranhão - o pior do País, com R$ 1.223. Segundo o levantamento do IBGE, na passagem de 2018 para 2019, o salário médio mensal da população alagoana ficou praticamente estável, com uma alta de 0,3%, saltando de R$ 1.343, para R$ 1.348 entre um ano e outro. No Nordeste, o Rio Grande do Norte aparece com o maior rendimento médio da população, com R$ 1.758. Em seguida aparecem Pernambuco (R$ 1.630), Sergipe (R$ 1.605), Ceará (R$ 1.561) e Paraíba (R$ 1.529). À frente de Alagoas na região aparecem ainda Bahia (R$ 1.504) e Piauí (R$ 1.385). No País, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar do ranking, com a maior renda média mensal entre os trabalhadores (R$ 4.189). Em seguida aparecem São Paulo (2.891), Rio de Janeiro (2.822) e Rio Grande do Sul (R$ 2.586). Para se ter uma ideia da disparidade salarial entre as unidades da federação, a renda média mensal do trabalhador alagoano corresponde a apenas 32% do salário médio mensal dos trabalhadores de Brasília, e de 76,6% da renda mensal do Rio Grande do Norte, o estado melhor posicionado no Nordeste. Por região, segundo a pesquisa do IBGE, o Nordeste continuou sendo a região mais pobres e desiguais do Brasil. Em 2019, o salário mensal médio dos trabalhadores foi de R$ 1.510 - o mais baixo do País. O Sudeste registrou o maior valor (R$ 2.645), seguido pelo Sul (R$ 2.499) e pelo Centro-Oeste (R$ 2.498). A região Norte registrou uma média salarial mensal de R$ 1.601. Em todo o País, a massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita alcançou R$ 294,4 bilhões em 2019. A parcela dos 10% da população com os menores rendimentos detinha 0,8% dessa massa, enquanto que os 10% com os maiores rendimentos concentravam 42,9% em 2019.
DISPARIDADE
Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal real do trabalho do 1% da população com os rendimentos mais elevados era de R$ 28.659, o que corresponde a 33,7 vezes o rendimento dos 50% da população com os menores rendimentos (R$ 850). Em 2019, a massa mensal de rendimento habitual foi de aproximadamente R$ 213,4 bilhões, 2,2% maior que a estimada para 2018 e 12,0% maior que a de 2012. Já a massa mensal de rendimento domiciliar per capita alcançou R$ 294,4 bilhões. A parcela dos 10% com os menores rendimentos da população detinha 0,8% dessa massa, enquanto os 10% com os maiores rendimentos detinham 42,9%. O levantamento do IGBE mostra ainda que número de pessoas com rendimento de todos os trabalhos subiu de 43,4% da população (90,1 milhões) em 2018 para 44,1% (92,5 milhões) em 2019.
RENDA MÉDIA MENSAL DA POPULAÇÃO POR ESTADO
Distrito Federal R$ 4.189 São Paulo R$ 2.891 Rio de Janeiro R$ 2.822 Rio Grande do Sul R$ 2.586 Santa Catarina R$ 2.466 Paraná R$ 2.428 Espirito Santo R$ 2.265 Mato Grosso do Sul R$ 2.352 Mato Grosso R$ 2.152 Roraima R$ 2.063 Minas Gerais R$ 2.040 Goiás R$ 2.015 Rondônia R$ 1.883 Rio Grande do Norte R$ 1.758 Tocantins R$ 1.736 Acre R$ 1.715 Amapá R$ 1.667 Amazonas R$ 1.651 Pernambuco R$ 1.630 Sergipe R$ 1.605 Ceará R$ 1.561 Paraíba R$ 1.529 Bahia R$ 1.504 Pará R$ 1.446 Piauí R$ 1.385
Alagoas R$ 1.348
Maranhão R$ 1.223
Fonte: Pnad Contínua do IBGE