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Nº 5897
Economia Em junho, exportações alagoanas sentiram o efeito da pandemia do novo coronavírus

PANDEMIA FAZ EXPORTAÇÕES DE ALAGOAS DESPENCAREM QUASE 82%

Em números absolutos, perdas da receita com exportações recuaram R$ 92,7 milhões em um mês

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 08/07/2020 - Matéria atualizada em 08/07/2020 às 06h56

As exportações alagoanas registraram uma retração de 81,7% em junho deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (7), pela Secretaria do Comércio Exterior, órgão vinculado ao Ministério da Economia. De acordo com os dados, no mês passado o Estado registrou um lucro de US$ 3,830 milhões - o equivalente a R$ 20,641 milhões no câmbio atual -, contra US$ 21,043 milhões (R$ 113,4 milhões) registrados no mesmo mês do ano passado. Em termos absolutos, a perda de receita com as exportações do Estado atingiu R$ 92,7 milhões. De acordo com o ministério, a retração foi provocada pela pandemia do novo coronavírus, que fechou setores da economia considerados não essenciais. O levantamento do Ministério da Economia mostra ainda que as importações feitas por empresas alagoanas atingiram US$ 40,35 milhões em junho - um aumento de 2,08% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram importados US$ 39,52 milhões. Com isso, o saldo da balança comercial alagoana, medido pela diferença entre exportações e importações, encerrou junho com um deficit de US$ 36,51 milhões. O levantamento do governo federal mostra ainda que o saldo da balança comercial de Alagoas encerrou o primeiro semestre do ano com uma deficit de US$ 103,1 milhões - o equivalente a R$ 555,17 milhões no câmbio atual. De acordo com os dados, nos seis primeiros deste ano, Alagoas exportou US$ 227,5 milhões - um aumento de 34,8% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Em contrapartida, as importações feitas pelo Estado movimentaram US$ 330,6 milhões no período, alta de 27,7% na comparação com os seis primeiros meses de 2019. Nesse período, as exportações de açúcar representaram 90% do total mandado ao exterior pelas empresas alagoanas. O volume representa um aumento de 41,2% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Em números absolutos, Alagoas movimentou US$ 204 milhões com o produto derivado da cana-de-açúcar - o que corresponde a um aumento real de US$ 59,5 milhões em relação a 2019. Os Estados Unidos foram os principais compradores dos produtos alagoanos este ano, com um desembolso de US$ 53,7 milhões, o que representa um aumento de 155,2% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Em números absolutos, significa US$ 32,6 milhões a mais em relação a 2019.

PAÍS

Em nível nacional, a balança comercial encerrou o primeiro semestre de 2020 com superavit de US$ 23 bilhões. Embora siga em patamar positivo, o saldo é 10,3% mais fraco do que o registrado nos primeiros seis meses de 2019. O resultado, apresentado nesta quarta-feira (1º) pelo Ministério da Economia, é o pior para o período em cinco anos. Na comparação com o ano passado, o valor das exportações brasileiras caiu 6,4%. Também houve queda nas importações, de 5,2%. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o ministro Paulo Guedes (Economia) aposta na balança comercial como fator que pode amortecer a retração do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. A avaliação do ministro é que a exportação de alimentos, ponto forte do Brasil, seguirá em alta. Entre janeiro e junho, as exportações do setor agropecuário somaram US$ 26,2 bilhões, uma elevação de 23,8% na comparação com período equivalente do ano passado. O movimento de expansão não foi observado em outras áreas. A indústria de transformação recuou 15,1% no período. No caso da indústria extrativa, que inclui minérios e petróleo, a retração nas vendas ao exterior foi de 9,6%. O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que parte do enfraquecimento dos resultados deste ano é explicada por uma retração nos preços internacionais de uma série de produtos. Na indústria extrativa, por exemplo, o volume exportado pelo Brasil subiu 5,5%, enquanto o valor dos produtos caiu em média 13,9%. Nos últimos meses, Guedes também vem ressaltando que, apesar da queda nas vendas para grandes economias, como os Estados Unidos e países europeus, as exportações para a China estão em alta, mesmo diante da pandemia As informações são da Folhapress.

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