Marcada para esta sexta-feira (27), a Black Friday deve movimentar o comércio alagoano. Se cumpridos os anúncios feitos durante a semana, é provável que ao ler esta matéria milhares de consumidores já tenham feitos suas compras ainda durante a madrugada. Para se ter uma ideia, de acordo com o presidente da Aliança Comercial de Maceió, Guido Júnior, o setor espera lucrar em dois dias [sexta e sábado] o equivalente a um mês inteiro.
O empresário conta que os eletrônicos devem ser os produtos mais procurados. Ele conta também porque o setor consegue oferecer descontos nesse período. “Sempre fazemos parceria com fornecedores e colocamos promoções direcionadas, ou aproveitamos a data para desovar produto sem giro”, revela. De acordo com Guido Júnior, a edição 2020 da Black Friday deve ser a melhor dos últimos anos. Dados da Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL) estima que a ação promocional deve movimentar R$ 34 milhões somente em Maceió. O valor é 88% maior do que o registrado no ano passado durante a mesma ação promocional. Ainda na quinta-feira (26) o Centro da capital já registrava grande movimentação. A dona de casa Madalena Souza foi uma das que aproveitou com antecedência, e se disse satisfeita. “To achando os preços ótimos, comprei uma máquina de lavar e também um liquidificador. Não me arrependo de ter esperado a promoção de novembro, consegui um desconto de R$ 300 na máquina”, detalhou. Já o estudante Lucas Augusto é um dos que escolheram a madrugada para fazer as compras. “Vou esperar a madrugada do dia 27 para comprar uma webcam pela internet. Pretendo fazer live de jogos, mas até então não tinha conseguido comprar uma câmera por conta do preço”, narra. A Fecomércio estima que cada consumidor gaste, em média, R$ 302,17. Na edição do ano passado o gasto médio individual foi de R$ 143,58. Este ano, 23,84% estimam desembolsar mais de R$ 400, enquanto 19,21% devem gastar entre R$ 51 e R$100. Outras opções serão: até R$50 (5,63%); entre R$101 e R$150 (11,92%); entre R$151 e R$200 (5,30%); entre R$201 e R$250 (11,59%); entre R$251 e R$300 (13,25%); entre R$301 e R$400 (9,27%). Os valores serão pagos no cartão de crédito (53,64% parcelado e 6,62% no rotativo), à vista via cartão de débito (10,26%) e em dinheiro (28,81%). Os artigos esportivos lideram a lista de preferência entre os consumidores (24,17%), seguido de itens de vestuário, com 19,54%. Os outros produtos que serão demandados são: brinquedos (12,91%), eletrônicos (12,25%), perfumes e cosméticos (6,62%), livros (5,30%), smartphones (4,30%), eletrodomésticos (3,97%), calçados (3,31%), óculos e relógios (1,99%). Artigos de decoração, computador/notebook, joias/bijuterias e cintos/bolsas aparecem, cada um, com 0,99% da preferência. Segundo a pesquisa, os preços serão a principal motivação na escolha da loja (46,69%), seguidos das promoções (11,59%). A qualidade dos produtos influirá na compra de 6,29% dos consumidores e 11,26% já saem de casa sabendo em qual loja irão. A procura pelos produtos será maior dos shoppings (62,58%) e nas lojas do Centro de Maceió (19,87%), mas há quem já esteja de olho nas lojas virtuais (9,93%), nas lojas de bairro (4,30%) e nos supermercados (0,99%).
* Sob supervisão da editoria de Economia.