app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5868
Economia Alagoas registrou a maior taxa de desemprego da série histórica, iniciada em 2012

ALAGOAS TEM A 3ª MAIOR TAXA DE DESEMPREGO DO PAÍS, APONTA IBGE

Somente no terceiro trimestre deste ano, 25 mil pessoas no estado passaram para o desemprego

Por Hebert Borges e Tatianne Brandão | Edição do dia 28/11/2020 - Matéria atualizada em 28/11/2020 às 04h00

Alagoas registrou uma taxa de desocupação de 20% - a terceira maior do País - no terceiro trimestre deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somente durante o terceiro trimestre deste ano, 25 mil pessoas no estado passaram para o desemprego, que já atinge 222 mil alagoanos. A taxa aferida é a maior da série histórica, que começou em 2012. Os dados mostram que a taxa aferida de julho a setembro deste ano apresentou alta de 2,2 pontos percentuais na comparação com o trimestre anterior (17,8%), e de 4,6 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre do ano passado (15,4%). Conforme os dados do IBGE, tanto em nível nacional quanto regional, a taxa de desemprego em Alagoas só é menor que a de Sergipe (20,3%) e a da Bahia (20,7%). A média nacional ficou em 14,6%, bem abaixo da realidade alagoana. Outro dado revelado por IBGE é que os trabalhadores alagoanos possuem o terceiro pior rendimento médio real habitual (R$ 1.543). O valor só é maior do que o registrado no Maranhão (R$ 1.408) e Piauí (R$ 1.513). Em todo o País, o valor médio é de R$ 2.554). As unidades da federação com os maiores rendimentos foram Distrito Federal (R$ 4.268), São Paulo (R$ 3.366) e Rio de Janeiro (R$ 3.251) e as menores, e Alagoas (R$ 1.543). Para trabalhadores com carteira assinada, o valor médio ficou em R$ 2.317, bem acima do rendimento dos empregados sem carteira (R$ 1.670) e dos trabalhadores por conta própria (R$ 1.805). Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o aumento na taxa de desemprego reflete a flexibilização das medidas de isolamento social para controle da pandemia de Covid-19. "Houve maior pressão sobre o mercado de trabalho no terceiro trimestre. Em abril e maio, as medidas de distanciamento social ainda influenciavam a decisão das pessoas de não procurarem trabalho. Com o relaxamento dessas medidas, começamos a perceber um maior contingente de pessoas em busca de uma ocupação", explica. Em Alagoas, o contingente de ocupados reduziu 1,4% na comparação com o segundo trimestre, totalizando 892 mil pessoas, o menor patamar da série histórica iniciada em 2012 correspondendo a nível de ocupação na ordem dos 33,7%, também o menor da série, ou seja, uma queda de 0,7 ponto percentual frente ao trimestre anterior (34,4%). O nível de ocupação mais alto verificado no estado foi de 46,3% no quarto trimestre de 2014, mas desde o primeiro trimestre de 2017 que este índice aparece abaixo dos 40%, atingindo agora seu menor valor.

Mais matérias
desta edição