Mesmo diante da pandemia de Covid-19, que fez governo de Alagoas limitar a quantidade de pessoas em festas de réveillon, e a prefeitura da capital cancelar a queima de fogos na virada do ano, a taxa de ocupação da rede hoteleira de Alagoas atingiu 85% para o fim de ano, segundo divulgou nesta quarta-feira (16), a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur). O órgão tomou como base dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Alagoas (ABIH-AL), que conta com aproximadamente 90 associados em todas as regiões turísticas do estado. Segundo a Sedetur, Alagoas fomenta uma retomada do turismo gradual e responsável com protocolos sanitários rígidos, proporcionando maior segurança a turistas e moradores. O Estado é uma das unidades da Federação que aderiu ao selo Turismo Responsável, criado pelo Ministério do Turismo para dar mais segurança ao turista em época de pandemia. Em Alagoas, segundo o governo, cerca de 1,2 mil estabelecimentos aderiram ao selo, entre agências de turismo, hotéis, pousadas e guias de turismo. Em todo o País, mais de 24 mil empreendimentos e guias de turismo já possuem o certificado. De acordo com o Ministério de Turismo, os segmentos com maior número de solicitações do selo são agências de turismo, com 7.401, meios de hospedagem (5.535), guias de turismo (3.333), transportadoras turísticas (3.139) e restaurantes, cafeterias, bares e similares (1.628). Já os estados que registraram a maior adesão à iniciativa são São Paulo (4.724), Rio de Janeiro (3.566), Minas Gerais (2.124), Bahia (1.816) e Rio Grande do Sul (1.629). Para o secretário da Sedetur , Rafael Brito, a demanda reprimida que surge no mercado do turismo aliado ao destaque de Alagoas no cenário nacional como um destino seguro e com inúmeros atrativos ao ar livre faz a diferença a favor do estado. “Nosso estado sempre foi um dos mais buscados para o réveillon e, neste ano, como a procura por destinos com atrativos ao ar livre, que proporcionam uma experiência mais segura, nós também nos destacamos”, ressalta.
Segundo ele, ao longo deste ano o governo de Alagoas realizou um trabalho intenso para adequação do destino a nova realidade e de promoção do destino em todo o mercado nacional, o que certamente contribuiu para estes bons índices de ocupação. “Nossos roteiros de charme, com hotéis e pousadas seguindo todos os protocolos e proporcionando mais segurança aos clientes, também são outro atrativo”, defende.
A Sedetur diz que para o período de Natal, a ocupação hoteleira média é de 65%, também de acordo com a ABIH-AL. Em Maceió, principal destino turístico alagoano e onde se concentram a maior parte dos hotéis associados à entidade, a procura dos viajantes para o mês de dezembro também é impulsionada pelo Natal dos Folguedos, evento cultural que se tornou referência no calendário turístico regional e este ano acontece com protocolos rígidos de biossegurança. De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer (Semtel), Jair Galvão, mesmo com o cancelamento da tradicional queima de fogos na capital, o destino continua sendo um dos mais buscados na alta temporada de verão. “Este foi um ano atípico, em que precisamos adequar a programação do calendário turístico para atender as necessidades do momento. A Prefeitura de Maceió, junto ao governo estadual, reuniu esforços para oferecer uma temporada atrativa para os milhares de turistas que estarão na capital neste fim de ano e, com as adaptações, conseguiu mostrar aos parceiros comerciais e mercados emissores que podemos fazer turismo de forma segura e responsável”, diz. O presidente da ABIH-AL, André Coqueiros, revela que as ocupações dos feriados prolongados superaram as expectativas do setor. “A hotelaria se preparou com um protocolo específico, validado pelas principais entidades representativas do turismo nacional, e com a adesão maciça ao selo do MTur tem despertado nos hóspedes a percepção de segurança e o desejo de retornar ao destino”, destacou.