ALAGOANOS RECLAMAM DE AUMENTO NO PREÇO DE PRODUTOS
Alimentos que compõem a cesta básica, como feijão, arroz e leite, vão ficando cada vez mais caros
Por Clariza Santos | Edição do dia 18/02/2021 - Matéria atualizada em 18/02/2021 às 04h00
O preço dos produtos que compõem a cesta básica vem aumentando e afetando o bolso dos alagoanos na hora da feira mensal. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em janeiro, os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições durante o mês, aumentaram em 13 capitais pesquisadas. Apesar da capital alagoana não constar na lista, a população vem reclamando do aumento no preço de alguns produtos, como leite, arroz e feijão.
Em alagoas, o preço dos produtos que compõem a cesta básica era levantado anualmente pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), contudo, segundo informações da assessoria da pasta, o serviço foi parado em 2018 para reajustar os parâmetros de cálculo, e não há previsão de retorno. Sem o auxílio do estado, os alagoanos tentam dar seu jeito para não serem prejudicados com a alta de preços.
Para a Márcia Maria, de 62 anos, o aumento no preço de produtos mais básicos já vem sendo sentido desde o começo da pandemia. “É incrível que cada vez que entramos em um supermercado o preço das coisas está mais caro, sabe? Não entendo como isso pode acontecer. Parece que a cada ano tudo aumenta. Hoje, por sorte, encontrei o leite em um preço mais acessível, custando R$13,78, foi o mais em conta até agora. Mas o feijão? custando R$ 8,50 o kg, totalmente inviável”, contou a senhora.
Maria também explicou que, para ela, a pesquisa de preços é essencial para qualquer alagoano que não queira ter gastos excessivos, mas que, na falta de um órgão que facilite isso, eles ficam por conta própria. “Não pode comprar sem pesquisar, isso é tiro no próprio pé. Antes mesmo de parar aqui eu passei em outro supermercado grande, no bairro do Farol, e fiz minha pesquisa, aqui estava mais em conta, por isso decidi levar. Quem economiza consegue chegar no fim do mês e ter um ‘troco’ para outras coisas”, relatou.
A dona de casa, Fátima Braga, também compartilha da mesma opinião de Márcia e não entende o aumento no preço dos produtos. “Quem cuida de casa sabe que é impossível entrar em um supermercado e sair somente com um produto. Hoje, por exemplo, entrei para comprar uma lata de leite e já estou saindo com outras coisas, que estão faltando em casa. Nessa pequenas compras, que seriam pontuais, o dinheiro vai acabando, imagina na feira do mês.”
Fátima, no entanto, não é da turma dos que fazem pesquisa de preço. Para a senhora, a experiência das compras é o suficiente. “Não faço pesquisa porque é perda de tempo. Só o tempo que vou gastar me deslocando para outros lugares já vai me custar caro, é melhor ir direto em um lugar conhecido. Mas, claro, não é porque não pesquisei que aceito qualquer preço, temos que ter noção dos gastos também”, ponderou a dona de casa.