app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5896
Economia Alfredo Brêda destacou que outros insumos também estão aumentando de preço

EMPRESAS DA CONSTRUÇÃO ESTÃO DESABASTECIDAS DE AÇO, DIZ CBIC

Reunião no Ministério discutiu a redução do imposto sobre importação para resolver problema

Por Da Redação | Edição do dia 26/03/2021 - Matéria atualizada em 26/03/2021 às 04h00

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizou um levantamento com construtoras de todo o país para verificar a real situação do problema da escassez de insumos. Entre as 206 empresas consultadas, 84% disseram que há desabastecimento de aço em suas regiões.

A CBIC também perguntou às empresas quais materiais estão com o prazo de entrega maior que o habitual. Para 82,9% delas, a resposta foi o aço. Questionadas sobre o prazo médio de entrega das usinas em suas regiões, 39,3% das empresas responderam “entre 30 e 60 dias” e 25,7% responderam “entre 60 e 90 dias”.

Durante reunião no Ministério da Economia com representantes da cadeia produtiva do aço e entidades representativas dos principais compradores do país, a CBIC propôs ao governo a redução do imposto sobre a importação do aço para tentar resolver o problema do desabastecimento.

“Precisamos de um choque de oferta para restabelecer o equilíbrio entre a oferta e a demanda. Nossa proposta é a redução imediata do imposto de importação”, disse José Carlos Martins, presidente da entidade.

A CBIC apresentou ao secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, os resultados de sua pesquisa com empresários mostrando a percepção deles em relação ao desabastecimento. Para Martins, enquanto a oferta e a demanda não forem normalizadas não será possível estabilizar preços. “Quando a construtora tenta comprar da siderúrgica e não consegue, vai na distribuidora e se depara com um valor muito alto”, disse.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon-AL), Alfredo Brêda, explicou que o desabastecimento e a insegurança com relação aos custos de vários materiais podem prejudicar a atividade da construção, que no início do ano projetava crescer 4% em 2021 e gerar 200 mil novas vagas de empregos.


Alfredo Brêda destacou que outros insumos também estão aumentando de preço
Alfredo Brêda destacou que outros insumos também estão aumentando de preço - Foto: : Divulgação
 

“Há um desabastecimento no aço desde o ano passado e um aumento de preço absurdo. As siderúrgicas dizem que o aumento delas foi de 40%. Na ponta, estamos tendo aumento acima de 100%. Com isso está ocorrendo dificuldade das construtoras em repassar os preços aos consumidores”, destacou Brêda.

Segundo ele, o trabalho do setor é tentar diminuir o imposto de importação pra melhorar a oferta. “O que está havendo é um desequilíbrio entre o pessoal das distribuidoras com as siderúrgicas. Esperamos que com a diminuição do imposto de importação isso facilite para que as siderúrgicas consigam mais matéria prima para produzir mais aço a preço mais competitivo”, completou o presidente do Sinduscon-AL.

Alfredo Brêda, destacou que outros insumos também estão aumentando de preço, como cimento, PVC, tijolos, telhas, madeiras, entre outros. “Tudo isso está aumentando e levando o setor a aumentar preços do produto final e nós queremos evitar”, concluiu.

Mais matérias
desta edição