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Nº 5882
Economia

Sindicalistas cobram a��o de Lula no caso Parmalat

Brasília - A Confederação Nacional dos Trabalhadores nasIndústrias da Alimentação (Contac), ligada à CUT, cobra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adoção de medidas  emergenciais para salvar a Parmalat Brasil. A empresa - que  possui oito fábricas

Por | Edição do dia 12/02/2004 - Matéria atualizada em 12/02/2004 às 00h00

Brasília - A Confederação Nacional dos Trabalhadores nasIndústrias da Alimentação (Contac), ligada à CUT, cobra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adoção de medidas  emergenciais para salvar a Parmalat Brasil. A empresa - que  possui oito fábricas e emprega 6.000 funcionários - está prestes a encerrar as atividades no país por falta de crédito e matéria-prima. “O presidente Lula tem um compromisso com os trabalhadores. Não pode deixar a Parmalat parar e não fazer nada”, disse o presidente da Contac, Siderlei Silva de Oliveira. Levantamento Levantamento da Contac, confirmado pela Parmalat Brasil, mostra que a empresa está trabalhando com menos de 40% de sua capacidade instalada. Algumas fábricas, como a de Jundiaí (60 km de SP), que emprega 1.100 funcionários, está totalmente paralisada. “Se nada for feito, a empresa vai parar. E não há sinais de que o governo está disposto a ajudar. Na melhor das hipóteses, vão fatiar a Parmalat e vender as melhores partes”, afirmou Oliveira. Segundo ele, a solução para a empresa seria a edição de uma medida provisória (MP) que permitisse a intervenção federal na Parmalat Brasil. Ao mesmo tempo, a Contac defende a criação de um fundo garantidor para regularizar os débitos da empresa junto aos bancos, cooperativas, fornecedores. Até o aluguel da sede, em São Paulo, está atrasado e a empresa é alvo de uma ação de despejo. “O governo já ajudou tanta empresa internacional. Até a Parmalat já recebeu dinheiro. Não existe motivo para deixar a empresa acabar desta forma.” Apesar da pressão da Contac e dos deputados federais, o governo descarta a idéia de ajudar financeiramente a Parmalat. CPI O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse ontem que o governo não pretende intervir na Parmalat Brasil. “O governo não considera adequado intervir na Parmalat, até mesmo por desconhecer a sua real situação”, disse ele. Em vez de intervir, Rodrigues defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)) para apurar possíveis irregularidades na Parmalat. Segundo o ministro, o governo federal está adotando todas as medidas possíveis para impedir que a crise da Parmalat Brasil afete a cadeia produtiva do leite e os consumidores.

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